Folha de S.Paulo

Para 78%, regime militar de 1964 foi uma ditadura

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O Datafolha perguntou aos 2.016 entrevista dosem 23 e 24 de junho acerca da natureza do regime militar instaurado em 31 de março de 1964.

Para 78%, foi uma ditadura, enquanto 13% não ove em desta forma. Já 10% dizem não saber.

O legado d adita duraéumt ema constante no governo Jair Bolsonaro. O presidente é saudosista do regime, que descarta como ditatorial, ainda que negue ter intenções golpistas.

Seus apoiadores tendem a concordar mais com ele. Para 43% dos defensores de Bolsonaro, a ditadura deixou mais coisas positivas doque negativas para o país, enquanto esse índice caia 25% na população em geral.

Para 62% dos brasileiro­s em geral, o legado de 1964 é negativo. Esse índice era de 46% em fevereiro de 2014.

Os mais ricos também têm uma visão mais favorável do governo dos generais (36%) doque a média. Equem rejeita Bolso naro,m enos :12% apenasve em mais coisas positivas.

O conhecimen­to do brasileiro acerca de temas da época cresceu sob Bolsonaro.

O AI-5 (Ato Institucio­nal nº 5), de 1968, definidor do endurecime­nto do regime, ganhou o noticiário quando membros do governo relativiza­ram seus efeitos.

“Pedir um AI-5” virou pauta de movimentos bolsonaris­tas nas ruas. Em 2008, apenas 18% diziam saber do que se tratava a sigla, e agora são 50%.

Conhecem mais o ato aqueles com curso superior (80%) e os que ganham mais de 10 mínimos (90%).

Entre outros temas da época colocados pelo Datafolha, oma isconhe cid o(62%)éa anistia de 1979. O menos, o dito milagre econômico do começo dos anos 1970 (30% de conhecimen­to).

Aguerrilha­do PCdoB no Araguaia, dizimada pela ditadura, é conhecida por 52%. A morte do jornalista Vladimir Herzog (1975) pela repressão, por 41%.

Já a tentativa de atentado por militares contra um comício sindical no Riocentro (1981) é conhecida por 39%.

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