Folha de S.Paulo

Vaivém de verbas no gabinete

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Essa festa de demissões e recontrata­ções era feita com dinheiro público (“Gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara manteve vaivém suspeito de salário e verba”, Poder, 5/7). Dinheiro que deveria ir para a saúde, por exemplo. Uma vergonha as pessoas ainda defenderem essa corrupção. Janaina Darli Duarte Simão

(São José do Rio Preto, SP)

Não à toa que existe aquele ditado: filho de peixe não nasce cachorro. Carlos Fernandes (Ribeirão Preto, SP)

Se fizerem levantamen­to do que acontecia e acontece nos gabinetes de todos os deputados, da Câmara e das Assembleia­s, vocês ficarão de cabelo em pé. Precisamos achar uma forma de coibir isso. Com urgência! Geraldo Luiz Romão (Santo

Antônio da Platina, PR)

Muitos hão de dizer que esses desvios são praticados por quase todos os políticos, como se isso diminuísse a gravidade e fizesse a corrupção mudar de nome para “verbas de gabinete não contabiliz­adas”. É corrupção, sim. Tudo aponta para ele estar envolvido em corrupção desde que iniciou a vida pública. Percebam a mudança de atitude de beligerânc­ia para “paz e amor” logo que Fabrício Queiroz foi preso. Cesar Paes (Curitiba, PR)

Parece haver ligação entre o esquema do Rio e a ação em Brasília por meio das mesmas pessoas, dos mesmos RGs, como funcionári­os fantoches. Ninguém está acima da lei. Presunção de inocência, sim, mas não sua perpetuida­de à revelia da verdade. Os indícios são perturbado­res. Que se investigue! Adller Sady Rijo Farias Costa (Maceió, AL)

Excelente, puxa a capivara dos outros (do jeito que fez agora para esse aí) e limpa o Brasil. Por que proteger outros deputados? Tem partido que, por determinaç­ão estatutári­a, recebeu entre 10% e 30% do salário do indicado. Isso é rachadinha também e deveria ser investigad­a. Marcelo Citrangulo (Campinas, SP)

Está aí a explicação para a vida de rico de Jair Bolsonaro. Homem de família pobre, mesmo tendo enfrentado dois divórcios, nosso mito conseguiu ter um patrimônio imobiliári­o superior a tudo o que ganhou nos 28 anos como deputado.

Paula Cunha Canto de

Miranda (Brasília, DF)

Mas a política no mundo todo visa fazer cortesia para seus executores com o chapéu de quem trabalha. Se quem trabalha não se incomoda em ser parasitado, então, tudo bem. José Mário Ferraz (Vitória da Conquista, BA)

O choro é livre! As verbas publicitár­ias estão curtas? Continua a perseguiçã­o da Folha.

Jackson de Moura Ferro Silva (Itajaí, SC)

A pergunta que a Folha deve fazer é onde andava a Controlado­ria da Câmara? Ou o TCU? Ou algum órgão de controle, que não pegaram esses rolos? Era todo mundo cego. Joisse Antonio Lorandi (Florianópo­lis, SC)

Por que tudo isso não foi divulgado quando ele se tornou candidato em 2018? É como já diziam: “Depois que a procissão passou, não adianta tirar o chapéu”.

Antonio Ferreira da Costa Neto

Ferreira (Belo Horizonte, MG)

Isso não surpreende. O que surpreende é a Folha ficar tão calada com o escândalo de José Serra. A reportagem que fizeram ainda foi com enfoque no coitadismo do pobrezinho, que só é acusado de roubar míseros R$ 40 milhões.

Gabriel Barbosa (Brasília, DF)

A foto feita por Evandro Teixeira é célebre (“Foto da ‘sexta sangrenta’ virou símbolo da repressão militar”, Poder). A que mais me impression­ou foi a do corpo do estudante Edson Luís em 1968, morto aos 18 anos, com tiro no peito à queima-roupa, por soldado da PM no Restaurant­e Central dos Estudantes, o Calabouço, no RJ. A morte precedeu a Passeata dos Cem Mil. O único legado da ditadura militar foi a obscuridad­e. Sergio Amorim Andrade

(Belo Horizonte, MG)

Muito oportuno a Folha trazer à memória os anos de chumbo da ditadura de 64 listando locais onde a tirania exerceu com mais desenvoltu­ra sua perversa vocação de torturar e assassinar (“Vestígios da ditadura em SP incluem vala clandestin­a, prisão e memoriais”, Poder, 5/7). Mas faltou citar o Palácio do Planalto. Nele, tortura-se a democracia. Até quando ela sobreviver­á? Elisabeto Ribeiro Gonçalves

(Belo Horizonte, MG)

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Acervo/Folhapress Corpo de Edson Luís de Lima Souto, morto em 1968

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