Novo ciclone deve atingir a região Sul do Brasil a partir desta terça-feira
PORTO ALEGRE Depois do ciclone-bomba que atingiu os três estados do Sul do país na última semana, um novo ciclone deve afetar a região a partir desta terça-feira (7).
Desta vez, entretanto, o ciclone não deve ser do tipo “bomba”, de acordo com a meteorologista Gilsânia Cruz, do Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina).
“A previsão é de que ele seja bem menos intenso do que o outro. É um sistema normal nessa época do ano. Os ciclones são típicos do inverno no Sul do país”, diz.
O ciclone deve atingir especialmente o oeste e o planalto sul de Santa Catarina, com ventos de 50 km/h a 70 km/h, segundo Cruz.
No Rio Grande do Sul, as chuvas devem ser intensas. Algumas localidades do norte do estado podem experimentar, em um período de apenas 24 horas, precipitações equivalentes às esperadas para um mês inteiro, segundo a MetSul Meteorologia.
Transbordamento de riachos e córregos são esperados, de acordo com a previsão do serviço meteorológico. O vento pode chegar a 90 km/h no Rio Grande do Sul.
No Paraná, segundo o Simpear (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), a frente fria oscila entre o norte gaúcho e o sul do estado, gerando chuvas.
No último sábado (4), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobrevoou regiões de Santa Catarina que sofreram danos pelo ciclone-bomba que atingiu a região Sul na semana passada.
Em entrevista à afiliada da Record em Santa Catarina, o presidente falou sobre as áreas atingidas.
“Passamos por alguns pontos que foram atingidos. Realmente é uma imagem triste. Somos solidários aos familiares que perderam seus parentes. [...] Nos colocamos à disposição dos governadores e prefeitos para recuperar e mitigar os problemas ocasionados pelo ciclone”, disse.
Com ventos de até 134 km/h, o ciclone-bomba deixou 12 mortos e um rastro de destruição por onde passou. O estado mais afetado foi Santa Catarina. Houve estragos em 152 de seus municípios, de acordo com a defesa civil.
Na cidade de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, uma das mais afetadas, junto com municípios vizinhos, estima-se que cerca de 80% das construções tenham sofrido algum tipo de dano.
“A previsão é de que ele seja bem menos intenso do que o outro. É um sistema normal nessa época do ano. Os ciclones são típicos do inverno no Sul do país Gislânia Cruz meteorologista do Ciram-SC