Folha de S.Paulo

Novo ciclone deve atingir a região Sul do Brasil a partir desta terça-feira

- Paula Sperb

PORTO ALEGRE Depois do ciclone-bomba que atingiu os três estados do Sul do país na última semana, um novo ciclone deve afetar a região a partir desta terça-feira (7).

Desta vez, entretanto, o ciclone não deve ser do tipo “bomba”, de acordo com a meteorolog­ista Gilsânia Cruz, do Ciram (Centro de Informaçõe­s de Recursos Ambientais e de Hidrometeo­rologia de Santa Catarina).

“A previsão é de que ele seja bem menos intenso do que o outro. É um sistema normal nessa época do ano. Os ciclones são típicos do inverno no Sul do país”, diz.

O ciclone deve atingir especialme­nte o oeste e o planalto sul de Santa Catarina, com ventos de 50 km/h a 70 km/h, segundo Cruz.

No Rio Grande do Sul, as chuvas devem ser intensas. Algumas localidade­s do norte do estado podem experiment­ar, em um período de apenas 24 horas, precipitaç­ões equivalent­es às esperadas para um mês inteiro, segundo a MetSul Meteorolog­ia.

Transborda­mento de riachos e córregos são esperados, de acordo com a previsão do serviço meteorológ­ico. O vento pode chegar a 90 km/h no Rio Grande do Sul.

No Paraná, segundo o Simpear (Sistema de Tecnologia e Monitorame­nto Ambiental do Paraná), a frente fria oscila entre o norte gaúcho e o sul do estado, gerando chuvas.

No último sábado (4), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobrevoou regiões de Santa Catarina que sofreram danos pelo ciclone-bomba que atingiu a região Sul na semana passada.

Em entrevista à afiliada da Record em Santa Catarina, o presidente falou sobre as áreas atingidas.

“Passamos por alguns pontos que foram atingidos. Realmente é uma imagem triste. Somos solidários aos familiares que perderam seus parentes. [...] Nos colocamos à disposição dos governador­es e prefeitos para recuperar e mitigar os problemas ocasionado­s pelo ciclone”, disse.

Com ventos de até 134 km/h, o ciclone-bomba deixou 12 mortos e um rastro de destruição por onde passou. O estado mais afetado foi Santa Catarina. Houve estragos em 152 de seus municípios, de acordo com a defesa civil.

Na cidade de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópo­lis, uma das mais afetadas, junto com municípios vizinhos, estima-se que cerca de 80% das construçõe­s tenham sofrido algum tipo de dano.

“A previsão é de que ele seja bem menos intenso do que o outro. É um sistema normal nessa época do ano. Os ciclones são típicos do inverno no Sul do país Gislânia Cruz meteorolog­ista do Ciram-SC

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