Folha de S.Paulo

EUA vão expandir ação contra grupos chineses além do TikTok

- Tradução de Paulo Migliacci

san francisco e washington | financial times O governo do presidente americano Donald Trump prometeu “ação” contra empresas chinesas de software que considera serem um risco de segurança, em um sinal de que Washington se prepara para atacar outros alvos além do aplicativo de compartilh­amento de vídeos TikTok.

A ByteDance, companhia chinesa que controla o TikTok corre para salvar as operações do app nos EUA, com um apelo ao governo americano por permissão para que venda a unidade à Microsoft.

Comentário­s do secretário de Estado americano Mike Pompeo no último sábado (1º) indicam que haverá novas ações contra outras companhias chinesas de tecnologia.

“O presidente Trump disse ‘basta’ e que vamos cuidar disso, e assim ele tomará medidas nos próximos dias com relação a um conjunto amplo de riscos de segurança nacional trazidos por software conectado ao Partido Comunista chinês”, disse o secretário.

Pompeo não se estendeu sobre o escopo da ação proposta, no entanto. O Conselho de Segurança Nacional americano não ofereceu esclarecim­entos.

Falando especifica­mente sobre o TikTok, Pompeo disse que Trump “estava se aproximand­o de uma solução”.

Os EUA afirmam que o controle do TikTok pela ByteDance significa que dados sobre cidadãos americanos podem ser usados pelo governo chinês. Trump disse na sexta-feira (31) que pretendia proibir o TikTok nos Estados Unidos.

Em um acordo com a Microsoft que estava em negociação antes da intervençã­o de Trump, 1.500 empregados, a propriedad­e intelectua­l e a tecnologia da TikTok nos EUA seriam transferid­os à gigante do software, e a ByteDance não reteria qualquer interesse nas operações americanas do TikTok.

Steven Mnuchin, o secretário do Tesouro dos EUA, disse no domingo que o TikTok não podia continuar sob o controle da ByteDance e operar nos EUA. Mnuchin preside o Comitê de Investimen­to Estrangeir­o (Cfius, na sigla em inglês) do governo americano, que está revisando a aquisição do Musical.ly, antecessor do TikTok, pela ByteDance, em termos de efeito sobre a segurança nacional.

“O presidente pode forçar uma venda ou pode bloquear. Não vou comentar sobre discussões específica­s, mas todos concordam em que o app não pode existir em sua forma atual”, disse Mnuchin.

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