Governo prepara MP para pagar vacina de Oxford
brasília O Ministério da Saúde prepara uma medida provisória para viabilizar as 100 milhões doses da vacina de Oxford contra a Covid-19 no Brasil. A proposta prevê um crédito orçamentário extraordinário de R$ 1,9 bilhão.
Será R$ 1,3 bilhão para pagamentos à AstraZeneca, a serem previstos no contrato de encomenda tecnológica.
Outros R$ 522,1 milhões serão para despesas necessárias ao processamento final da vacina por Bio-Manguinhos/Fiocruz e mais R$ 95,6 milhões destinados a investimentos para absorção da tecnologia de produção pela Fiocruz.
“A medida provisória já está em estudo no Ministério da Economia”, disse nesta segunda (3) Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do
Ministério da Saúde.
A Fiocruz e a AstraZeneca assinaram na sexta (31) o documento que dará base para o acordo entre os laboratórios para a transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, caso se comprovem eficácia e segurança.
Segundo o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, as primeiras pessoas a serem imunizadas no país estarão no grupo prioritário. Fazem parte da lista idosos, profissionais de saúde, professores, profissionais de segurança, motorista de transporte público e presos.
“Os públicos são definidos de acordo com cada doença e característica. Existe um público alvo para Covid-19, mas pode haver variação, serão definidos os prioritários para serem imunizados”, disse.
O ministério da Saúde também lançou nesta segunda o ConecteSUS Profissional. O objetivo é promover acesso a informações de pacientes entre profissionais de diferentes pontos da rede de atenção à saúde, permitindo a transição e continuidade do cuidado nos setores público e privado.
Jacson Venâncio de Barros, diretor de Departamento de Informática do SUS, espera que ele esteja pronto em entre 30 a 40 dias.
“Estamos testando com dez municípios, a conexão é feita através do gov.br, uma plataforma do governo conectada ao registro civil do cidadão. Estamos em alinhamento com o CFM (Conselho Federal de Medicina) para ampliar o uso”, diz.