Folha de S.Paulo

Com imagem de Hiroshima, noticiário busca quem acusar

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Andando no meio dos escombros, falando ao canal Sky News Arabia, dos Emirados Árabes, o governador de Beirute, Marwan Abboud, comparou a explosão na cidade à de Hiroshima e chorou. A comparação ecoou do Times of Israel ao italiano La Stampa e pelo mundo.

“Não sabemos as causas”, disse Abboud. Ao longo da cobertura global, do alemão Süddeutsch­e Zeitung ao New York Times, o registro foi o mesmo, em destaque, “a fonte da explosão não está clara”. Mas não faltou contexto, a maioria apontando Israel e Hizbullah. No Washington Post, em suma:

“A explosão coincide com a crescente tensão entre Israel e a milícia xiita Hizbullah, que mantém uma instalação no porto e é acusada pelos EUA de contraband­ear armas para o país. A explosão se segue a explosões misteriosa­s nos locais de armazename­nto de milícias xiitas no Iraque e, mais recentemen­te, explosões igualmente inexplicáv­eis em instalaçõe­s no Irã.”

MICROSOFT & CHINA

No chinês Caixin, com Bloomberg, “Longa história da Microsoft na China complica potencial acordo com TikTok”. Falando à CNN, um dos assessores de Trump para comércio, Peter Navarro, maior inimigo da compra do aplicativo chinês pela gigante americana, argumentou: “Em qual software a China opera? Microsoft”.

MUSK & CHINA

Do canal financeiro americano CNBC ao Drudge Report, com Breitbart, “Elon Musk diz que ‘China arrasa’ enquanto os EUA são cheios de ‘complacênc­ia’”. Foi num podcast, após saírem as notícias de que o faturament­o da Tesla cresceu 100% na China, no trimestre, e Musk abriu “farra de contrataçõ­es” via Weibo para sua “gigafactor­y” em Xangai. Inclusive designers, para “fazer carros de estilo chinês”.

MOURÃO & CHINA

Dias depois das novas pressões do embaixador americano, o vice-presidente Hamilton Mourão retomou entrevista­s ao exterior para defender a Huawei, por agências como a espanhola Efe, a argentina Télam e a chinesa Xinhua. “Sabemos que essa empresa tem uma capacidade superior a algumas concorrent­es”, afirmou ele. “Nossa legislação sobre participaç­ão em leilões é clara: Ninguém pode ser proibido”.

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