Folha de S.Paulo

EM JOGO TRUNCADO, DECISÃO DO PAULISTA COMEÇA NO ZERO

Equipe alvinegra não aproveita chances em casa e agora vai em busca do tetra no campo do rival

- Marcos Guedes

Com poucas chances dos dois lados, Corinthian­s e Palmeiras empataram sem gols no jogo de ida da final do estadual, ontem, em Itaquera; times decidem título no sábado

CORINTHIAN­S 0 PALMEIRAS 0

são paulo Começou sem gols a decisão do Campeonato Paulista. Corinthian­s e Palmeiras fizeram um clássico truncado, na noite de quarta-feira (5), no estádio de Itaquera, com poucas oportunida­des de gol, ao fim do qual o placar continuou apontar o 0 a 0.

O resultado deixou tudo aberto para a segunda partida, marcada para sábado (8), no Allianz Parque. Como ocorreu na zona leste paulistana, no jogo de ida, não haverá presença de torcedores na zona oeste, no jogo de volta, por causa da pandemia do novo coronavíru­s.

Apesar da melhor campanha do time alviverde até a decisão, nenhuma das equipes tem a vantagem do empate para ficar com o título. Em caso de nova igualdade no final de semana, o título paulista será decidido em uma disputa por pênaltis.

O primeiro duelo decisivo começou truncado. Vanderlei Luxemburgo optou por um meio-campo de força física, com três volantes, que cumpriam bom papel para frear a troca de passes do Corinthian­s. Quando tinha a posse, o Palmeiras optava por bolas longas, tentando achar as costas dos laterais ou a sobra após o corte parcial.

Nesse cenário, os donos da casa vazia conseguira­m os lances de maior perigo ao longo dos primeiros 35 minutos. Luan, criticado por suas atuações anteriores, foi o responsáve­l pelos melhores momentos na etapa inicial do time alvinegro, que parou em duas boas defesas de Weverton.

O meia-atacante achou um lindo passe pelo alto a Ramiro, que dominou no peito e, na cara do gol, chutou sem força, nas mãos do goleiro. Pouco depois, Luan caiu pela ponta direita e buscou Jô na área. Mateus Vital ficou com a sobra e voltou a fazer Weverton trabalhar, desta vez com um grau de dificuldad­e bem maior.

Na parte final do primeiro tempo, no entanto, o Palmeiras conseguiu se estabelece­r no campo de ataque. O Corinthian­s não conseguia sair tocando, apertado pela marcação adiantada do rival, que ganhou terreno e rondou a área até criar uma grande chance. Ramires recebeu livre na área e bateu por cima.

No intervalo, Luxemburgo trocou Luiz Adriano por um atacante mais móvel, Willian, e colocou Bruno Henrique na vaga de Ramires. Com fôlego renovado, reforçou a pressão na saída do adversário e dominou o começo da segunda etapa do confronto inicial.

Aos dez minutos do segundo tempo, o juiz Raphael Claus chamou os dois capitães, Cássio e Weverton, para comunicar que tinha ocorrido uma pane no sistema de transmissã­o do VAR (árbitro de vídeo), que operava de uma central longe do estádio. Momentanea­mente, um árbitro de vídeo reserva passou a atuar da própria arena de Itaquera. Foi o que de mais relevante se teve a relatar até o apito final, em um jogo que teve muita briga no meio e poucas chances claras. Os dois treinadore­s buscaram alternativ­as. Tiago Nunes acionou Cantillo, Araos e Léo Natel. Luxemburgo tentou a sorte com Gustavo Scarpa e Raphael Veiga.

Nada foi suficiente para mudar o panorama da etapa final, que, mesmo com a pressão do Palmeiras nos minutos iniciais, não deu trabalho aos goleiros. A decisão está aberta para o duelo de sábado (8), no Allianz Parque, novamente sem presença de torcida.

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Marco Galvão/Fotoarena/Folhapress
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Adriano Vizoni/Folhapress Luiz Adriano, do Palmeiras, tenta dominar bola entre Danilo Avelar e Gil, defensores do Corinthian­s

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