Braço cruzado
Parados há três semanas, trabalhadores dos Correios organizam para esta terça-feira (8) um ato estadual em São Paulo com sindicatos de sete cidades para pressionar a estatal a chegar a um acordo com a categoria. Iniciada em 17 de agosto, a greve reúne 70% do quadro operacional da empresa em São Paulo. Os empregados se opõem à exclusão de cláusulas trabalhistas pelos Correios após a expiração do acordo coletivo de 2019, e pedem a extensão do dissídio até 2021.
DELONGA
O ato será no edifício dos Correios da Vila Leopoldina, na capital. A categoria programa carreatas nos dias seguintes para chamar a atenção da população para a greve. Sem previsão para terminar, o impasse depende de julgamento do Tribunal Superior do Trabalho, que ainda não marcou uma data.
PLEITO
A reivindicação não é por aumento, mas por manutenção do acordo, segundo a Fentect (federação que reúne entidades da categoria). No contexto da pandemia, trabalhadores reclamam que os Correios excluíram 70 cláusulas trabalhistas do acordo encerrado em agosto, como licença-maternidade de 180 dias, pagamento de adicional noturno e auxílio-creche.
MORNO
Os Correios já conseguiram liminar favorável no STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu a duração do acordo em 2020. Segundo a estatal, a adesão ao movimento paredista é baixa.
DESVIO
Aplicativos de transporte como Uber, 99 e Cabify estão no radar da CPI da Evasão Fiscal, da Câmara de Vereadores de São Paulo. Na sexta (4), a comissão, presidida por Ricardo Nunes (PMDB), aprovou requerimento solicitando documentos das empresas.
OLHO MÁGICO
O grupo quer analisar dados contábeis, fiscais, trabalhistas e contratos de locação de imóveis. A CPI investiga a existência de escritórios de fachada fora da capital cujo propósito seria reduzir o pagamento de impostos.
OUTRO LADO
A Cabify afirma que analisa os pedidos e que cumpre a legislação fiscal de São Paulo, onde está sediada. A 99 diz que paga o ISS conforme previsto na lei, recolhendo o imposto em São Paulo. A Uber não respondeu.
ARTE
O conselho do MuBe (Museu Brasileiro da Escultura) se reúne nesta terça (8) para tratar das contas de projetos incentivados. Entre eles estão iniciativas antigas feitas por meio do Proac (programa de ação cultural do estado), de 2012 e 2013. A Secretaria de Cultura diz que a prestação de contas está em análise.
ESSA É A MISTURA...
As exportações brasileiras para o Egito cresceram mais de 20% desde que o acordo de livre-comércio entre o país e o Mercosul entrou em vigor, em setembro de 2017, segundo levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Já as importações subiram 75%.
..DO BRASIL COM O EGITO
Mais de 2.000 produtos tiveram as tarifas de importação eliminadas no acordo. Tijolos e ladrilhos são alguns dos mais exportados ao Egito. Plantas, sementes e frutos para perfumaria são os mais importados pelo Brasil. A partir de setembro, outros 463 itens do Mercosul enviados ao país africano, e 719 importados pelo bloco, terão isenção, diz a CNI.
ACOSTAMENTO
Antes do feriado de 7 de Setembro, que lotou praias e estradas, o movimento já superava o pré-pandemia, segundo a Veloe, empresa de pagamento automatizado em pedágios e estacionamentos.
PISTA
Na última semana de agosto, o tráfego foi 41% maior do que nos dias de 15 a 22 de março, imediatamente antes do início da quarentena, diz a Veloe. Nos estacionamentos, a movimentação vem retomando, mas ainda está menor. Hoje, representa 82% do registrado antes do coronavírus.
FIBRA
A pandemia expandiu o faturamento dos provedores de internet regionais. Mais de 70% das operadoras ligadas à TelComp, associação que reúne 70 empresas do setor, afirmam que houve forte expansão dos investimentos em infraestrutura no primeiro semestre de 2020.
BANDA LARGA
Para 60% das empresas, o avanço no faturamento foi superior a 10% no semestre. A expectativa de 77% dos provedores é de superação dessa marca em 2021.
BOLSO
O número de investidores em ações cresceu 66% na Easynvest desde o início da pandemia, segundo comparação entre os dados do final de fevereiro e os de agosto. A quantidade de pessoas que aplicam em renda variável pelo serviço subiu 247% em um ano, segundo a corretora.