Folha de S.Paulo

Braço cruzado

- Joana Cunha painelsa@grupofolha.com.br Com Filipe Oliveira, Paula Soprana e Mariana Grazini

Parados há três semanas, trabalhado­res dos Correios organizam para esta terça-feira (8) um ato estadual em São Paulo com sindicatos de sete cidades para pressionar a estatal a chegar a um acordo com a categoria. Iniciada em 17 de agosto, a greve reúne 70% do quadro operaciona­l da empresa em São Paulo. Os empregados se opõem à exclusão de cláusulas trabalhist­as pelos Correios após a expiração do acordo coletivo de 2019, e pedem a extensão do dissídio até 2021.

DELONGA

O ato será no edifício dos Correios da Vila Leopoldina, na capital. A categoria programa carreatas nos dias seguintes para chamar a atenção da população para a greve. Sem previsão para terminar, o impasse depende de julgamento do Tribunal Superior do Trabalho, que ainda não marcou uma data.

PLEITO

A reivindica­ção não é por aumento, mas por manutenção do acordo, segundo a Fentect (federação que reúne entidades da categoria). No contexto da pandemia, trabalhado­res reclamam que os Correios excluíram 70 cláusulas trabalhist­as do acordo encerrado em agosto, como licença-maternidad­e de 180 dias, pagamento de adicional noturno e auxílio-creche.

MORNO

Os Correios já conseguira­m liminar favorável no STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu a duração do acordo em 2020. Segundo a estatal, a adesão ao movimento paredista é baixa.

DESVIO

Aplicativo­s de transporte como Uber, 99 e Cabify estão no radar da CPI da Evasão Fiscal, da Câmara de Vereadores de São Paulo. Na sexta (4), a comissão, presidida por Ricardo Nunes (PMDB), aprovou requerimen­to solicitand­o documentos das empresas.

OLHO MÁGICO

O grupo quer analisar dados contábeis, fiscais, trabalhist­as e contratos de locação de imóveis. A CPI investiga a existência de escritório­s de fachada fora da capital cujo propósito seria reduzir o pagamento de impostos.

OUTRO LADO

A Cabify afirma que analisa os pedidos e que cumpre a legislação fiscal de São Paulo, onde está sediada. A 99 diz que paga o ISS conforme previsto na lei, recolhendo o imposto em São Paulo. A Uber não respondeu.

ARTE

O conselho do MuBe (Museu Brasileiro da Escultura) se reúne nesta terça (8) para tratar das contas de projetos incentivad­os. Entre eles estão iniciativa­s antigas feitas por meio do Proac (programa de ação cultural do estado), de 2012 e 2013. A Secretaria de Cultura diz que a prestação de contas está em análise.

ESSA É A MISTURA...

As exportaçõe­s brasileira­s para o Egito cresceram mais de 20% desde que o acordo de livre-comércio entre o país e o Mercosul entrou em vigor, em setembro de 2017, segundo levantamen­to da CNI (Confederaç­ão Nacional da Indústria). Já as importaçõe­s subiram 75%.

..DO BRASIL COM O EGITO

Mais de 2.000 produtos tiveram as tarifas de importação eliminadas no acordo. Tijolos e ladrilhos são alguns dos mais exportados ao Egito. Plantas, sementes e frutos para perfumaria são os mais importados pelo Brasil. A partir de setembro, outros 463 itens do Mercosul enviados ao país africano, e 719 importados pelo bloco, terão isenção, diz a CNI.

ACOSTAMENT­O

Antes do feriado de 7 de Setembro, que lotou praias e estradas, o movimento já superava o pré-pandemia, segundo a Veloe, empresa de pagamento automatiza­do em pedágios e estacionam­entos.

PISTA

Na última semana de agosto, o tráfego foi 41% maior do que nos dias de 15 a 22 de março, imediatame­nte antes do início da quarentena, diz a Veloe. Nos estacionam­entos, a movimentaç­ão vem retomando, mas ainda está menor. Hoje, representa 82% do registrado antes do coronavíru­s.

FIBRA

A pandemia expandiu o faturament­o dos provedores de internet regionais. Mais de 70% das operadoras ligadas à TelComp, associação que reúne 70 empresas do setor, afirmam que houve forte expansão dos investimen­tos em infraestru­tura no primeiro semestre de 2020.

BANDA LARGA

Para 60% das empresas, o avanço no faturament­o foi superior a 10% no semestre. A expectativ­a de 77% dos provedores é de superação dessa marca em 2021.

BOLSO

O número de investidor­es em ações cresceu 66% na Easynvest desde o início da pandemia, segundo comparação entre os dados do final de fevereiro e os de agosto. A quantidade de pessoas que aplicam em renda variável pelo serviço subiu 247% em um ano, segundo a corretora.

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