Ocupação de UTI em SP atinge os menores índices desde reabertura
são paulo A ocupação de leitos de UTI no estado de São Paulo chegou a 47,7% nesta segunda (21). Na região metropolitana de São Paulo, essa taxa é ainda menor, de 47%. Este foi o menor patamar atingido desde o início do Plano SP. A queda da taxa vem se dando há nove semanas seguidas.
A atualização dos dados do coronavírus no estado aponta que foram confirmados 2.032 novos casos e 32 novos óbitos.
Para Jean Gorinchteyn, secretário estadual de saúde, a queda de internações aproxima a situação do início da pandemia. “No estado houve queda de 3%, enquanto a redução foi mais pronunciada, de 5%, na própria capital.”
A média móvel de óbitos dos últimos sete dias apontou 192 óbitos —aumento em relação à semana anterior, de 181. Em novos casos, aumento de 5.146 para 6.149. Diferentemente do que vinha fazendo nas últimas entrevistas, o governo não divulgou a porcentagem de casos registrados nas últimas 24 horas com diagnóstico por exames RT-PCR ou rápido.
Desde 10 de setembro, a cidade de São Paulo entrou no estágio desacelerado de casos. O número de novos casos confirmados tem caído de forma considerável, segundo o monitor de aceleração revisado da Folha.
O modelo de acompanhamento usado pela Folha se baseia na evolução de casos em cada local e tem como parâmetro um período de 30 dias, com mais peso para o período mais recente. Com isso, é medida a aceleração, ou seja, a forma como o número de novos casos cresce ou diminui.
A metodologia da Folha pode demorar mais para captar os movimentos da pandemia em relação a outros métodos, como a média móvel de sete dias, adotada por governos e veículos de comunicação. Por outro lado, tende a trazer mais estabilidade nos resultados.
Para João Gabbardo, secretário executivo do coronavírus em SP, não é possível ainda dizer que o aumento na média móvel de óbitos e casos no estado tenha relação direta com as aglomerações em praias e no interior em 7 Setembro. “O feriado foi em todo o estado, teve tempo bom, mas em todo o estado aconteceram aglomerações semelhantes, embora o que mais chamou atenção foi a praia”, disse José Medina, coordenador do centro de contingência do coronavírus. Ele disse ainda que todas as regiões são monitoradas.
Questionado sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a respeito da vacina, o governador João Doria (PSDB) disse que o preocupa é a saúde dos brasileiros. “Aos brasileiros de São Paulo garanto, sim, teremos a CoronaVac para atender a totalidade da população já este ano e nos dois primeiros meses de 2021. E vamos imunizá-los.”
Doria disse que pretende, assim que concluídas as etapas de ensaios clínicos e obtenção da aprovação da Anvisa, colocar à disposição a referida vacina, da chinesa Sinovac, para todos. “A meu ver não existem brasileiros de primeira classe, que tomam a vacina antes, e brasileiros de segunda classe, que tomam a vacina depois.”
Ele defendeu também que a vacina seja obrigatória. “Não há nenhuma razão que faça com que o governo federal tome a decisão de não tornar a vacina obrigatória; ela só não deverá ser obrigatória àqueles que por um laudo médico, por um atestado médico indique que ele não deve tomar a vacina. Caso contrário deve ser obrigatória, sim, a vacina.”
“Não há nenhuma razão que faça com que o governo federal tome a decisão de não tornar a vacina obrigatória; ela só não deverá ser obrigatória àqueles que por um laudo médico, por um atestado médico indique que ele não deve tomar a vacina João Doria governador de São Paulo