Prefeitura de SP vai pagar R$ 1,07 mi para tirar jardins de quatro prédios
SÃO PAULO Quatro dos sete jardins verticais instalados em prédios ao longo do Minhocão em uma compensação ambiental —ou seja, sem custos para o município— em 2015 serão retirados até o fim do ano. Pelo trabalho, que inclui também a recuperação das fachadas, a gestão Covas vai pagar R$ 1,07 milhão.
A retirada acontece por determinação judicial. Pelo menos três dos prédios acionaram a municipalidade judicialmente. Os moradores alegavam que a prefeitura não realizava a manutenção, estabelecida em decreto do então prefeito Fernando Haddad (PT) em novembro de 2015.
Segundo a secretaria do Meio Ambiente, o contrato para a instalação dos jardins indicava que, após três anos, haveria a possibilidade de retirada ou renovação do acordo. A ordem de início para a retirada foi publicada no Diário Oficial no dia 2 de setembro.
O síndico Wendel Cardoso da Silva diz que a manutenção e o ressarcimento das despesas com o jardim vertical do edifício Bonfim, instalado em novembro de 2016, só aconteceu como estabelecido durante um ano.
Em maio de 2019, a bomba que realizava a irrigação quebrou e as plantas começaram a definhar. A falta de manutenção, afirma, foi o que fez os moradores decidirem pela retirada. Os edifícios Minerva, Santa Filomena e Santos também terão os murais retirados.
Segundo Silva, o jardim tem atraído insetos e, por estar ressecado, se torna um risco para incêndios, o que fez com que os Bombeiros negassem a emissão do auto de vistoria do prédio.
O síndico ainda pede na Justiça cerca de R$ 180 mil como indenização pelo atraso do cumprimento da sentença judicial, que aconteceu em março. Depois que a licitação foi iniciada, afirma Silva, a prefeitura propôs a manutenção do jardim, mas os moradores negaram a proposta.
O edifício Huds, o primeiro da região a receber os jardins, vai mantê-lo. Segundo a síndica Vera Lúcia de Jesus, desde a instalação, a prefeitura faz manutenção e reembolsa as despesas.