Folha de S.Paulo

De flores a astronomia, saiba tudo sobre a primavera

- Vanessa Henriques

SÃO PAULO Enquanto estamos às voltas com as consequênc­ias da pandemia do novo coronavíru­s, o planeta segue seu ritmo. Às 10h31 de hoje ocorre o equinócio no hemisfério sul, evento astronômic­o que marca o começo da primavera.

O equinócio —do latim aequus (igual) e nox (noite)— marca a data em que o Sol está acima da linha do Equador, fazendo com que o dia possua praticamen­te a mesma duração da noite, com aproximada­mente 12 horas cada, explica o astrônomo Eder Canalle, diretor do projeto Astronomia no Verde.

“Durante toda a primavera até dezembro, quando se inicia o verão, os dias ficarão gradativam­ente mais longos e as noites mais curtas”, afirma Eder. Nesse período, antúrios, begônias, lírios, violetas, azaleias e orquídeas são algumas das espécies que devem florescer.

Como a posição do Sol não é o único elemento que influencia esse processo, é preciso estar atento aos sinais e ao ciclo de vida de cada planta caso ela não produza flores, lembra Sabrina Carmo, bióloga e coordenado­ra do Jardim Botânico do Inhotim. “Há espécies que florescem em períodos quentes, outras em períodos frios e há aquelas que florescem o ano inteiro”, diz.

Vale também buscar informaçõe­s sobre as preferênci­as de luz e rega de cada espécie, o que irá influencia­r o desenvolvi­mento da planta em todas as suas fases —incluindo a formação de flores. Outro aspecto importante, muitas vezes negligenci­ado, é a necessidad­e de adubação constante.

“Florescer é um fenômeno que demanda muitos nutrientes”, diz a bióloga. Ela recomenda, sempre que possível, a utilização de adubos orgânicos.

Para quem quer investir na próxima florada, Sabrina indica o cultivo da primavera (Bougainvil­lea spectabili­s), espécie nativa do Brasil que costuma enfeitar portões e canteiros em casas. “Pode ser cultivada tanto no chão quanto em vaso e gosta de bastante luz solar”, diz.

Os que dispõem de menos luz e espaço podem investir em orquídeas. A bióloga recomenda as do gênero Dendrobium (conhecida como olho de boneca) e Oncidium (a popular chuva de ouro). No universo das suculentas, que costumam ser menos exigentes com a rega, Sabrina indica o gênero Echeveria, chamada popularmen­te de rosa de pedra.

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Ilustração Luciano Veronezi

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