Investimento
Apartamentos pequenos são ótima opção para quem quer alugar
No atual cenário econômico de juros extremamente baixos (2% ao ano), a compra de imóveis se consolida como uma opção segura e estável para quem busca uma renda extra.
No entanto, é necessário levar em conta vários fatores antes de optar por um apartamento para obter o melhor do investimento.
Um deles é o tamanho da residência. Apartamentos menores —studio ou um dormitório— tendem a ser mais procurados em São Paulo.
Segundo o Secovi-SP (Sindicato da Habitação), eles levam entre 15 a 22 dias para serem alugados. Já os de dois quartos costumam ficar vazios por até 24 dias. As unidades de três dormitórios demoram mais de um mês para encontrar um novo inquilino.
Dados da entidade mostram que a venda de imóveis no acumulado de julho de 2019 a junho de 2020 cresceu 23,7%. Os imóveis com menos de 45 m² de área útil lideraram em vendas.
Outro fator importante antes de comprar um apartamento é escolher a localização, que influencia diretamente no tempo de retorno do investimento.
Imóveis localizados próximos a estações de metrô, áreas de comércio, bancos, supermercados, shoppings etc, tendem a ter mais liquidez.
Em São Paulo, uma tendência forte do mercado nos últimos anos tem sido a construção de edifícios com apartamentos pequenos próximos aos eixos principais de transporte em áreas nobres da cidade, atraindo profissionais e estudantes em busca de uma vida mais prática na metrópole.
Apartamentos novos, em empreendimentos com várias unidades e condomínios mais baixos também tendem a representar vantagem em relação às residências em prédios menores e mais velhos, onde o rateio da despesa é feito entre menos condôminos.
Com o cenário atual de juros baixos, em que a Selic atingiu o patamar de 2%, a renda fixa também perdeu apelo, tornando o investimento em imóveis ainda mais atraente.
Locações short stay (de curto período, por diárias) de apartamentos modelo studio podem gerar um rendimento mensal até 4 vezes maior que uma aplicação de renda fixa.
“Taxas de juros competitivas estimulam o aumento das operações de financiamentos, trazendo mais famílias para o crédito imobiliário”, diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
Dados da entidade mostram que, mesmo com a pandemia, o aluguel de imóveis continua em alta. Na primeira quinzena de agosto, 44% das imobiliárias fecharam mais contratos de locação residencial em relação à quinzena anterior.