Folha de S.Paulo

Saiba onde fugir de aglomeraçõ­es ao passear pela capital paulista

Parques estão fechados aos fins de semana, mas cidade tem opções ao ar livre

- Isabel Teles e Laura Lewer

Com o fim do inverno e a chegada da primavera, as temperatur­as aumentam, as árvores começam a ficar floridas, os sabiás passam a cantar em São Paulo —e tudo parece um convite para sair de casa em plena pandemia.

Vale a pena lembrar que os médicos ainda recomendam que todos evitem as ruas o máximo possível para evitar aglomeraçõ­es e impedir o avanço da Covid-19 enquanto uma vacina não surge.

Mas se a vontade de tomar um pouco de sol depois de seis meses fechado em casa for irresistív­el, passeios ao ar livre são uma aposta com menos riscos de contaminaç­ão do que enfrentar um shopping sem janelas, por exemplo —mas só se todos os cuidados forem tomados, é claro.

A capital paulista hoje se encontra na fase amarela do plano de retomada do governo do estado, na qual os parques municipais e estaduais continuam fechados durante os fins de semana e feriados. Segundo o governo, não há previsão de mudanças.

Mas há exceções. O Jardim Botânico, o Zoológico de São Paulo e o Zoo Safári estão abertos e funcionam com capacidade reduzida e venda antecipada de ingressos.

Com um público limitado por dia, é possível visitar o orquidário do Jardim Botânico e até parar e relaxar nos gramados do parque com uma distância segura entre os visitantes —e sempre de máscara.

No Zoo Safári, a distância entre as pessoas sempre foi respeitada já que a observação dos animais soltos é feita em um percurso de carro. Mas o serviço de vans e a alimentaçã­o dos bichos estão suspensos por causa da pandemia.

Se os parques estiverem cheios e sem ingressos, as praças se tornam alternativ­as. A prefeitura diz que a única que permanece fechada e sem previsão de reabertura é a praça do Pôr do Sol, na região oeste, que gerou aglomeraçõ­es no início da quarentena.

As outras, como a das Corujas (Vila Madalena), a Vinicius de Moraes (Morumbi), a Horácio Sabino (Pinheiros) e a Panamerica­na (Alto de Pinheiros) estão abertas e recebem o público para exercícios, piquenique­s, banhos de sol e passeios com o cachorro.

Mas os protocolos de segurança seguem valendo. E, se esses locais estiverem cheios, a medida mais segura é buscar um espaço vazio ou simplesmen­te ir embora e escolher outro lugar para passear.

É o caso da praça Roosevelt, no centro da cidade, conhecida por atrair jovens que frequentam os bares da região e skatistas que aproveitam o concretado liso do chão para fazerem suas manobras.

O Guia visitou a praça em dois sábados. Em ambos, grupos não preservava­m um distanciam­ento seguro e pessoas andavam de bicicleta, patins e skate sem máscara. Mas mesmo na Roosevelt é possível achar um lugar. A escadaria que dá para a rua Augusta costuma ficar vazia. Sentar nos degraus é a melhor opção.

O bairro da Liberdade também costuma ter movimento intenso aos fins de semana, principalm­ente na região onde acontece a feirinha. Na rua Galvão Bueno, calçadas ficam lotadas. Nos bancos, grupos conversam amontoados. É um lugar a ser evitado.

A avenida Paulista pode ser uma alternativ­a. Nela, o vãolivre do Masp está aberto e comerciant­es ambulantes ocupam as calçadas, autorizado­s pela prefeitura a retomar as atividades, embora o programa que abre a via aos pedestres aos domingos esteja suspenso sem previsão de retornar. Com cerca de três quilômetro­s de extensão, fica mais fácil evitar multidões por lá.

Já para os esportista­s, a ciclofaixa de lazer voltou a funcionar aos domingos e feriados, das 7h às 16h. O circuito com 117 km de extensão passa pelas cinco regiões da cidade.

Aliás, uma boa opção na zona leste é a vila Maria Zélia, que é tombada, geralmente está vazia e faz os visitantes voltarem no tempo com casinhas coloridas de muro baixo. É um ótimo lugar para atualizar com fotos as redes sociais.

Já fora da cidade, os parques temáticos começam a abrir. Neste sábado (26), Hopi Hari e Wet’n Wild, a cerca de 70 km da capital, retomam as atrações com 40% da capacidade e ingressos antecipado­s. No parque aquático, as máscaras serão obrigatóri­as, exceto nas piscinas ou nos brinquedos.

Mesmo assim, é preciso sempre ter em mente que a pandemia não acabou. “Toda proximidad­e com pessoas que não fazem parte do nosso convívio traz riscos”, diz a infectolog­ista Raquel Stucchi.

Por isso, a dica ainda é ficar em casa. Mas, se for impossível, separe seu kit de proteção, evite aglomeraçõ­es e conheça ao lado espaços ao ar livre em São Paulo aonde ir com um pouco mais de segurança.

 ?? Danilo Verpa/Folhapress ?? Casal toma sol na praça Panamerica­na, que costuma receber visitantes aos fins de semana
Danilo Verpa/Folhapress Casal toma sol na praça Panamerica­na, que costuma receber visitantes aos fins de semana
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil