Saiba onde fugir de aglomerações ao passear pela capital paulista
Parques estão fechados aos fins de semana, mas cidade tem opções ao ar livre
Com o fim do inverno e a chegada da primavera, as temperaturas aumentam, as árvores começam a ficar floridas, os sabiás passam a cantar em São Paulo —e tudo parece um convite para sair de casa em plena pandemia.
Vale a pena lembrar que os médicos ainda recomendam que todos evitem as ruas o máximo possível para evitar aglomerações e impedir o avanço da Covid-19 enquanto uma vacina não surge.
Mas se a vontade de tomar um pouco de sol depois de seis meses fechado em casa for irresistível, passeios ao ar livre são uma aposta com menos riscos de contaminação do que enfrentar um shopping sem janelas, por exemplo —mas só se todos os cuidados forem tomados, é claro.
A capital paulista hoje se encontra na fase amarela do plano de retomada do governo do estado, na qual os parques municipais e estaduais continuam fechados durante os fins de semana e feriados. Segundo o governo, não há previsão de mudanças.
Mas há exceções. O Jardim Botânico, o Zoológico de São Paulo e o Zoo Safári estão abertos e funcionam com capacidade reduzida e venda antecipada de ingressos.
Com um público limitado por dia, é possível visitar o orquidário do Jardim Botânico e até parar e relaxar nos gramados do parque com uma distância segura entre os visitantes —e sempre de máscara.
No Zoo Safári, a distância entre as pessoas sempre foi respeitada já que a observação dos animais soltos é feita em um percurso de carro. Mas o serviço de vans e a alimentação dos bichos estão suspensos por causa da pandemia.
Se os parques estiverem cheios e sem ingressos, as praças se tornam alternativas. A prefeitura diz que a única que permanece fechada e sem previsão de reabertura é a praça do Pôr do Sol, na região oeste, que gerou aglomerações no início da quarentena.
As outras, como a das Corujas (Vila Madalena), a Vinicius de Moraes (Morumbi), a Horácio Sabino (Pinheiros) e a Panamericana (Alto de Pinheiros) estão abertas e recebem o público para exercícios, piqueniques, banhos de sol e passeios com o cachorro.
Mas os protocolos de segurança seguem valendo. E, se esses locais estiverem cheios, a medida mais segura é buscar um espaço vazio ou simplesmente ir embora e escolher outro lugar para passear.
É o caso da praça Roosevelt, no centro da cidade, conhecida por atrair jovens que frequentam os bares da região e skatistas que aproveitam o concretado liso do chão para fazerem suas manobras.
O Guia visitou a praça em dois sábados. Em ambos, grupos não preservavam um distanciamento seguro e pessoas andavam de bicicleta, patins e skate sem máscara. Mas mesmo na Roosevelt é possível achar um lugar. A escadaria que dá para a rua Augusta costuma ficar vazia. Sentar nos degraus é a melhor opção.
O bairro da Liberdade também costuma ter movimento intenso aos fins de semana, principalmente na região onde acontece a feirinha. Na rua Galvão Bueno, calçadas ficam lotadas. Nos bancos, grupos conversam amontoados. É um lugar a ser evitado.
A avenida Paulista pode ser uma alternativa. Nela, o vãolivre do Masp está aberto e comerciantes ambulantes ocupam as calçadas, autorizados pela prefeitura a retomar as atividades, embora o programa que abre a via aos pedestres aos domingos esteja suspenso sem previsão de retornar. Com cerca de três quilômetros de extensão, fica mais fácil evitar multidões por lá.
Já para os esportistas, a ciclofaixa de lazer voltou a funcionar aos domingos e feriados, das 7h às 16h. O circuito com 117 km de extensão passa pelas cinco regiões da cidade.
Aliás, uma boa opção na zona leste é a vila Maria Zélia, que é tombada, geralmente está vazia e faz os visitantes voltarem no tempo com casinhas coloridas de muro baixo. É um ótimo lugar para atualizar com fotos as redes sociais.
Já fora da cidade, os parques temáticos começam a abrir. Neste sábado (26), Hopi Hari e Wet’n Wild, a cerca de 70 km da capital, retomam as atrações com 40% da capacidade e ingressos antecipados. No parque aquático, as máscaras serão obrigatórias, exceto nas piscinas ou nos brinquedos.
Mesmo assim, é preciso sempre ter em mente que a pandemia não acabou. “Toda proximidade com pessoas que não fazem parte do nosso convívio traz riscos”, diz a infectologista Raquel Stucchi.
Por isso, a dica ainda é ficar em casa. Mas, se for impossível, separe seu kit de proteção, evite aglomerações e conheça ao lado espaços ao ar livre em São Paulo aonde ir com um pouco mais de segurança.