Folha de S.Paulo

Pazuello diz que país terá em outubro uma ‘nova forma de tocar a vida’

- Renato Machado

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta (24) que as curvas de contágio e mortes em decorrênci­a da Covid tendem ao “final” no máximo no começo de outubro e que então viveremos uma “nova forma de tocar a vida”.

Pazuello também voltou a afirmar que “todas as opções estão abertas”, em relação à vacina, um dia após novos resultados promissore­s da Sinovac. O ministro afirmou que sua pasta trabalha no contrato com a vacina AztraZenec­a, parceria da Fiocruz com a Universida­de de Oxford, mas que acompanha o desenvolvi­mento dos demais imunizante­s.

As declaraçõe­s do ministro foram feitas em reunião com secretário­s de Saúde de estados e municípios.

Pazuello comentou a apresentaç­ão de secretário­s da pasta a respeito da evolução epidemioló­gica da doença.

“As curvas tendem ao final ainda no final de setembro, começo de outubro, em praticamen­te todos os estados do país. E nós teremos a partir daí uma nova forma de tocar a vida”, disse.

“E essa nova forma é retomar nossas atividades de forma inteligent­e, com os cuidados necessário­s, com as medidas preventiva­s, as medidas de afastament­o social, que a gente observa em praticamen­te todos os lugares.”

O ministro não explicou se haverá diretrizes futuras da sua pasta ou de outras esferas do governo federal sobre a retomada das atividades.

Também nesta quinta, o governo federal liberou R$ 2,5 bilhões para que o Brasil ingresse na aliança internacio­nal por vacinas da Covid Covax Faciliy.

“Com isso, espera-se que o Brasil possa comprar o equivalent­e para garantir a imunização de 10% da população até o final de 2021”, diz a nota da Secretaria-Geral da Presidênci­a da República.

O Brasil registrou 818 novas mortes pela Covid-19 nesta quinta e 32.129 casos da doença. O país acumula 139.883 óbitos e 4.659.909 infecções. Os dados são fruto da colaboraçã­o entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1.

Pazuello afirmou que o ministério vai lançar uma campanha no início de outubro para incentivar o tratamento precoce da Covid-19.

O ministro citou como prova da diferença de métodos o impacto discrepant­e da pandemia em diferentes partes do país. Nas regiões Norte e Nordeste, argumenta, os altos números de morte estiveram ligados à recomendaç­ão para evitar buscar postos de saúde em casos suspeitos e leves da Covid-19.

Pazuello, no entanto, não criticou seus antecessor­es. Apenas afirmou que a recomendaç­ão inicial para permanecer em casa nos estágios iniciais da doença eram decorrênci­a do “conhecimen­to que se tinha à época”.

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