Flagras de dinheiro escondido
CHEQUES NO LIXO
Em julho deste ano, Waldir Teis, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, foi preso após ser flagrado pela PF amassando e rasgando cheques durante uma busca e apreensão em um escritório em Cuiabá. As imagens, que foram base para a prisão preventiva determinada pelo STJ, mostram o conselheiro saindo do escritório e descendo as escadas, seguido por um agente da PF.
Ao chegar no térreo, o agente encontra o conselheiro tirando folhas de cheques do bolso e as jogando na lata do lixo. Somados, os cheques valiam cerca de R$ 450 mil.
BUNKER DE GEDDEL
Em setembro de 2017, a PF descobriu, em Salvador, um apartamento do exministro Geddel Vieira Lima que escondia R$ 51 milhões. Ele ficou conhecido como o bunker de Geddel. O trabalho de contagem do dinheiro durou mais de 14 horas e sete máquinas foram utilizadas.
Em 2019, a Segunda Turma do STF condenou o exministro e seu irmão, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, ambos do MDB da Bahia, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
DINHEIRO NA BÍBLIA
Estevam Hernandes e sua mulher, Sônia Hernandes, fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, foram detidos em 2007 ao entrar nos Estados Unidos, pelo aeroporto de Miami, com US$ 56,4 mil não declarados. O dinheiro estava escondido em uma bolsa, na capa de uma Bíblia, em um porta-CDs e em uma mala. Em vez de declarar a quantia, eles informaram que não carregavam mais de US$ 10 mil.
O casal foi condenado em agosto de 2007 pela Justiça norte-americana pelos crimes de conspiração e contrabando de dinheiro. Além dos 140 dias de reclusão, Estevam e Sônia foram condenados a mais cinco meses de prisão domiciliar, dois anos de liberdade condicional e multa de US$ 30 mil para cada um.
DÓLARES NA CUECA
Em 2005, agentes da PF de SP detiveram o então assessor parlamentar José Adalberto Vieira da Silva com R$ 200 mil em uma valise e US$ 100 mil presos ao corpo, na cueca, em Congonhas. Adalberto trabalhava para o deputado José Nobre Guimarães (PT), irmão de José Genoino, que era presidente do PT, e membro do Diretório Nacional do partido.