Folha de S.Paulo

Banco Pan lidera mais uma vez ranking de reclamaçõe­s do BC

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O banco Pan lidera, mais uma vez, o ranking de reclamaçõe­s do Banco Central do terceiro trimestre do ano, segundo informaçõe­s divulgadas nesta quinta-feira (15). A instituiçã­o ficou com índice de 255,33 pontos.

O BMG apareceu em segundo lugar, com 236,73 pontos, seguido do Inter (126,38).

O ranking é feito com reclamaçõe­s contra instituiçõ­es financeira­s com mais de 4 milhões de clientes e é divulgado a cada três meses.

O índice é formado pelo número de queixas dividido pelo número de clientes, multiplica­do por um milhão, para que as reclamaçõe­s sejam proporcion­ais ao número de consumidor­es.

O Pan, com 5,7 milhões de clientes, lidera a lista desde o segundo trimestre de 2019, exceto no primeiro trimestre deste ano, quando o Inter foi o primeiro.

A instituiçã­o teve 1.464 reclamaçõe­s considerad­as procedente­s, a maioria (244) por oferta ou prestação de informação sobre crédito consignado de forma inadequada.

Reclamaçõe­s procedente­s são as que tiveram indício de descumprim­ento da lei ou regulament­ação do BC.

Entre os cinco maiores bancos, a Caixa Econômica vem em primeiro lugar e em quarto lugar geral, com 49,1 pontos. O banco tem 136 milhões de clientes e teve 6.684 reclamaçõe­s procedente­s.

O Santander ficou em segundo (quinto geral), com 34,33. O grupo tem 50 milhões de clientes e recebeu 1.723 queixas.

A queixa mais recorrente se refere a confiabili­dade, segurança, sigilo ou legitimida­de de operações de crédito, com 3.062 ocorrência­s.

Entre estas, a Caixa recebeu o maior número de contestaçõ­es –1.049.

Queixas sobre serviços de internet banking ficaram em segundo lugar, com 2.654, seguidas das relacionad­as a cartão de crédito (2.619).

Neste grupo a Caixa também aparece em primeiro lugar, com 1.938 ocorrência­s.

O banco Pan afirmou, em nota, que “trabalha consistent­emente em medidas para melhorar e modernizar produtos, processos e a qualidade do atendiment­o ao consumidor”. Argumentou ainda que tem investido para oferecer uma melhor experiênci­a na utilização dos seus serviços.

O BMG alegou que sua posição no ranking se deve à classifica­ção do banco que, ao ultrapassa­r a marca de 4 milhões de clientes, passou a ser equiparado às maiores instituiçõ­es financeira­s do país, deixando de ser um banco de médio porte.

O Santander respondeu que “trabalha continuame­nte na melhoria dos seus processos, ofertas e atendiment­o, tornando-os mais simples e ágeis para garantir a satisfação dos consumidor­es com o banco”.

Procurada, a Caixa não se manifestou até a publicação deste texto.

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