Com o filho, dividiu amor pelo futebol e até apanhou por ele
O vascaíno Crizam César de Oliveira compartilhou com o filho a paixão pelo futebol. Por causa dele, teve de dividir o seu amor pelo time cruzmaltino logo com o maior rival, o Flamengo, pelo qual Crizam César de Oliveira Filho, mais conhecido como Zinho, tornou-se ídolo.
O pai do jogador tetracampeão mundial com a seleção brasileira em 1994, nos EUA, era uma espécie de amuleto e esteve ao lado do filho nas suas principais conquistas.
“Ele era o ponto de sustentação do Zinho”, relembra o exvolante César Sampaio, seu companheiro na seleção e no Palmeiras. “Era um homem sério e pai muito presente.”
Seu Crizam, como era chamado, de fato foi tão presente que participou até dos momentos mais turbulentos da carreira do filho. Em 2004, quando torcedores do Flamengo ficaram revoltados com uma goleada que o time sofreu do Atlético-MG, 6 a 1, até ele acabou agredido no aeroporto —levou seis pontos no rosto.
“Foi uma barbaridade”, descreveu na época o então presidente da equipe rubro-negra, Marcio Braga.
Onde quer que o filho estivesse jogando, ele dava um jeito de estar por perto. No final dos anos 1990, por exemplo, quando Zinho foi jogar no Japão, Crizam e a família costumavam viajar para lá e se reunir nas festas de fim de ano.
Em 2016, foi a vez de Zinho fazer seu pai sorrir de felicidade, ao ver o filho trabalhando pela primeira vez no time do coração. Como auxiliar de Jorginho no Vasco, foi campeão carioca naquele ano.
Em seu Instagram, o ex-atleta escreveu uma mensagem para o pai e relembrou momentos importantes com ele. “Meu incentivador, meu mestre, meu educador, responsável por ser a pessoa que sou. Que meu pai possa descansar em paz. A missão dele aqui foi cumprida”, escreveu.
Segundo o canal Fox Sports, onde Zinho atua como comentarista, Crizam teve uma parada cardíaca e morreu na terçafeira (13), aos 80 anos.