Folha viaja ao sul dos EUA e mostra peso de minorias na eleição
Não é sempre que as minorias vencem mas, neste ano, eleitores negros, latinos e com 65 anos ou mais podem definir a disputa à Casa Branca.
Pela primeira vez na história americana, pessoas consideradas não brancas vão somar um terço do eleitorado, enquanto os mais velhos serão 23%, a maior marca registrada desde a década de 1970. Enquanto negros e latinos costumam apoiar democratas, os idosos votam em republicanos. O segredo em um país onde o voto não é obrigatório está na força do candidato para levar mais eleitores às urnas e, desta vez, isso precisa ocorrer em meio à pandemia e a protestos. Durante uma semana, a Folha percorreu Geórgia e Flórida, estados no sul dos EUA que representam parte importante dessa batalha demográfica entre Donald Trump e Joe Biden. As regiões somam 45 dos 270 votos que o vencedor precisa no Colégio Eleitoral.
Em 2016, Trump venceu nos dois estados, mas hoje luta para manter os redutos diante do avanço de Biden. Na Flórida, o ex-vice de Obama tem encontrado mais dificuldade do que esperava para conquistar latinos, que representam 20% do eleitorado local, mas vê nos idosos —descontentes com a condução do presidente na pandemia— uma forma de tentar abocanhar o estado. Neste domingo (18), contamos o que está em jogo na Geórgia e, no dia 25/10, será a vez da Flórida.