BC prevê open banking plenamente em vigor a partir de 2021
Consumidores poderão compartilhar informações em busca de produtos e serviços melhores
são paulo Regulado pelo BC (Banco Central) desde maio deste ano, o open banking é o processo de compartilhamento de dados financeiros entre instituições. Esse processo, que só se dá com a expressa autorização do consumidor, favorece a busca por serviços e produtos em condições melhores, mais variados ou personalizados.
Assim, o consumidor poderá escolher compartilhar suas informações com diferentes instituições, podendo receber, por exemplo, propostas de crédito, cartões, câmbio, seguros ou investimentos que sejam adaptados à sua realidade ou perfil e que facilitem o dia a dia.
Com o maior acesso, a tendência é que as instituições tragam produtos e serviços melhores e a preços mais competitivos para tentar manter o cliente —o que resultaria em uma redução dos spreads (diferença entre a taxa de captação de recursos e a taxa cobrada pelos empréstimos).
Pelo cronograma atualizado, o Banco Central prevê que o open banking estará totalmente implementado em dezembro de 2021.
Apenas os grandes bancos serão obrigados a entrar no sistema. Já as instituições financeiras menores e outras empresas, como administradoras de meios de pagamentos e fintechs, poderão optar por participar, desde que também forneçam informações.
O compartilhamento de dados entre as instituições participantes é feita por meio dos chamados APIs —conjuntos de protocolos que permitem a um sistema se conectar com outro para consumir dados de maneira padronizada.
A expectativa do mercado é que outras empresas comecem a entrar no sistema financeiro como companhias centralizadoras. É assim que são chamados os negócios que consolidam todas as informações de um consumidor e que fazem contato com as demais instituições.
Essa empresa conseguiria, por exemplo, fazer simulações de crédito em diversas instituições diferentes, em busca das melhores condições de prazo e juros, ou organizar o orçamento para que o consumidor não fique inadimplente em um banco se há dinheiro na conta de outra instituição. Pode também reservar uma parcela mensal para destinar a investimentos.
De acordo com o cronogra
Apenas os grandes bancos serão obrigados a entrar no sistema. Já as instituições financeiras menores e outras empresas, como administradoras de meios de pagamentos e fintechs, poderão optar por participar
ma da autoridade monetária, na primeira fase ocorreria apenas o compartilhamento de dados das instituições sobre seus canais de atendimento e produtos e serviços mais comuns. É o caso de dados relacionados às contas de depósito à vista, poupança, contas de pagamento prépagas e operações de crédito, por exemplo.
Na segunda etapa, que deve começar no meio do ano, as instituições participantes terão que compartilhar dados cadastrais e transacionais.
Já na terceira fase, esperada para o segundo semestre, será a vez dos dados de serviços de iniciação de transações de pagamento. Será também aberta a possibilidade de encaminhamento de propostas de operações de crédito.
Seria somente na quarta e última fase, programada para dezembro de 2021, que aconteceria o compartilhamento total de dados —considerando as demais operações, como câmbio, investimentos, previdência e seguros.