Segundo round
No cenário provável de o STF autorizar a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado, haverá questões em aberto sobre como se viabilizaria a possível recondução de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre. Defensores da dupla dizem que não seria necessário fazer mais nada, apenas convocar a eleição. Já parlamentares que se opõem à tese ou fazem parte do centrão veem necessidade de alterar pelo menos o regimento da Câmara dos Deputados, que veda explicitamente a possibilidade.
MENOS 1 Marcelo Ramos (PLAM) desistiu de disputar a presidência da Câmara. Seguirá a decisão de seu partido de apoiar a candidatura de Arthur Lira (PP-AL), líder informal do centrão.
XEROX Ganha força nos meios político e jurídico a tese defendida pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) em entrevista ao UOL, de que a reeleição de presidentes da Câmara e do Senado deve ser autorizada para criar simetria com a regra do Executivo. Ela permite uma recondução com duração máxima dos mandatos de oito anos.
O ASTRO Guilherme Boulos deve fazer sua primeira viagem pós-eleição e pós-contaminação pelo Covid para Belém, na semana que vem. Vai prestigiar evento do PSOL para marcar a eleição de Edmilson Rodrigues como prefeito.
RIBALTA O PSOL estuda a melhor forma de manter a visibilidade de Boulos, seu grande trunfo eleitoral, até 2022. Uma ideia é ele percorrer o país como uma espécie de porta-voz do partido e da esquerda. Um cargo formal na direção da legenda é outra possibilidade.
PLANO O grupo cada vez menor dos que ainda acreditam na formação do Aliança Pelo Brasil bola novas estratégias para salvar o projeto. Uma delas é buscar assinaturas de policiais militares, que não podem ser filiados, mas não têm impedimento de apoiar novos partidos. “Com eles não tem esse problema de pegar assinatura de quem já está em partido, o que invalida o apoio”, diz o deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP).
TINTA Responsável pelo “Livro das Suspeições”, que aponta parcialidade de Sergio Moro na Lava Jato, o grupo Prerrogativas vai distribuir mil cópias impressas a universidades, bibliotecas e tribunais superiores. A versão online teve 518 mil downloads. A entidade espera que isso ajude o STF a reconhecer a suspeição do ex-juiz ao condenar Lula.
AJUDA O Tribunal de Justiça de São Paulo aprovou nesta quarta (2) o pagamento de auxílio-saúde a magistrados da corte. A implementação do benefício não será imediata. Ficou para “quando houver recursos disponíveis”. A decisão acontece na esteira de resolução do CNJ de 2019.
CIFRAS Em SP, os desembargadores optaram pelo reembolso. Nesse caso, o CNJ prevê limite máximo de 10% do salário. Em entrevista ao Jota, em 2019, o então presidente do tribunal, Manoel Pereira Calças, calculou em R$ 180 milhões ao ano a despesa.
DE MUDANÇA Presidente da Assembleia de São Paulo, Cauê Macris (PSDB) tem dito a aliados que em breve se tornará secretário da gestão João Doria (PSDB), provavelmente na Casa Civil. O atual titular da pasta, Gilberto Kassab (PSD), foi nomeado no início de 2019, mas licenciou-se antes de assumir. Em nota, Macris disse que isso é apenas especulação e que o fato não procede.
NO AQUECIMENTO O líder de Doria na Assembleia, deputado Carlão Pignatari (PSDB), é o favorito para assumir a presidência da Casa, após eleição no começo de 2021.
AQUI, NÃO O deputado bolsonarista Frederico D’Ávila (PSL) colou cartaz na porta de seu gabinete na Assembleia dizendo que ali dentro o uso de máscara não é obrigatório. Decreto do governo de SP diz que a utilização deve ocorrer em repartições públicas estaduais.
PRIVADO A assessoria da Alesp diz que os gabinetes são de responsabilidade dos parlamentares e que nas áreas comuns todos devem usar máscaras. D’Ávila diz que se trata de espaço privativo, com regras determinadas por ele.
AVANÇO O Twitter incluiu em sua política contra propagação de ódio a linguagem que desumaniza pessoas com base em raça, etnia ou nacionalidade. Ataques racistas ou xenofóbicos serão removidos.
TIROTEIO
Um plano de vacinação requer agulha, seringa, algodão, não só ampola. Tinha que estar pronto. Vejo um governo perdido
Do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, sobre o plano de vacinação anunciado pelo governo de Jair Bolsonaro com Mariana Carneiro e Guilherme Seto