Folha de S.Paulo

Dissolução do Parlamento de Israel pode levar a 4ª eleição em 2 anos

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JERUSALÉM | AFP E REUTERS Deputados israelense­s aprovaram, nesta quarta (2), a dissolução do Knesset, como é conhecido o Parlamento de Israel, e deram mais um passo em direção à quarta eleição no período de dois anos.

O projeto de lei, apresentad­o pela oposição ao governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, recebeu 61 votos a favor e 54 contra. Para de fato dissolver o Knesset, o texto ainda precisa ser aprovado em outras três votações parlamenta­res.

A aprovação desta quarta, entretanto, também representa um novo dano à já delicada e complexa relação entre Netanyahu e Benny Gantz, ministro da Defesa que integra o governo de coalizão formado depois de três eleições nas quais nenhuma maioria se formou.

De acordo com o jornal Times of Israel, a sessão de votos começou com duras críticas a Netanyahu. O partido de Gantz, Azul e Branco, também foi criticado por ter aceitado compor o governo de coalizão ao lado do Likud, do atual premiê.

Depois da aprovação desta quarta-feira, o projeto segue para o Comitê da Câmara, controlado pelo partido Azul e Branco. Estima-se que a aprovação da proposta pelo Comitê deva ocorrer na próxima segundafei­ra (7), e então a dissolução ainda precisará ser votada em outras três sessões no Legislativ­o israelense. Se a moção passar por todas essas etapas, o Parlamento será dissolvido e seus membros definirão uma data para as próximas eleições entre março e junho de 2021.

Netanyahu foi à TV depois da aprovação do projeto de lei. “Benny Gantz tem que acionar o freio de emergência.” Já o ministro disse, em discurso transmitid­o pela TV, que o premiê não seguiu o acordado no governo de união. “Netanyahu prometeu unidade. Ele disse que não haveria truques e jogos. Mas ele não cumpre suas promessas e o povo acaba pagando.”

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