Folha de S.Paulo

Com sobrenome e talento, Mick Schumacher chega à F1

Filho de 21 anos do heptacampe­ão é anunciado como piloto da Haas para 2021

- Luciano Trindade Liga Europa, Liga Europa, Liga Nacional de Futsal, Liga Europa, Liga Europa, Brasileiro Sub-20, Libertador­es, Sul-Americana, Série B,

são paulo A F1 voltará a ter um Schumacher no próximo ano. O alemão Mick, 21, filho do heptacampe­ão Michael, 51, foi anunciado nesta quartafeir­a (2) como piloto da Haas para a temporada 2021.

Ele e o russo Nikita Mazepin, 21, serão os substituto­s de Romain Grosjean e Kevin Magnussen na equipe americana.

Pela mesma escuderia, o brasileiro Pietro Fittipaldi, 24, piloto reserva, fará sua primeira corrida no domingo (6), após o grave acidente de Grosjean no último fim de semana. Como esperado, porém, não haverá vaga aberta para ele no ano que vem.

Mick faria sua primeira atividade oficial na principal categoria do automobili­smo nos treinos livres do GP de Nürburgrin­g,

em outubro, pela Alfa Romeo, mas a névoa sobre o autódromo alemão cancelou as atividades.

A possibilid­ade de uma estreia efetiva era cada vez mais cotada e confirma uma expectativ­a alimentada há vários anos. Michael previa que o filho seguiria seus passos e tentou minimizar o impacto que a pressão poderia ter sobre ele.

Por orientação do pai, o jovem começou a carreira como Mick Betsch, sobrenome de solteira da mãe, Corina.

“No primeiro ano dele no kart europeu, o pai ainda acompanhav­a as corridas. No paddock, todo mundo sabia que ele era filho do Schumacher, mas eles evitavam a imprensa e aparições em público”, conta o brasileiro Felipe Drugovich, companheir­o de equipe de Mick no kart e que atualmente corre na F2, campeonato que o alemão lidera.

O herdeiro do heptacampe­ão só passou a usar o sobrenome famoso em 2015, quando se profission­alizou e começou a competir na F4.

“Isso me deu a oportunida­de de crescer sozinho e entender como era ser uma criança normal. Mas quando eu avancei para as categorias de fórmula, sabia que naturalmen­te chamaria mais a atenção, e aí eu queria correr com o meu nome completo. Tenho orgulho de carregá-lo no carro e no macacão.”

Vice-campeão da F4 italiana em 2016, campeão da F3 europeia em 2018 e agora bem próximo do título da F2, Mick tem conseguido se destacar não só pela história do pai, mas também por seu desempenho.

Na última categoria antes da F1, o jovem corre na Prema, equipe pela qual o monegasco Charles Leclerc, hoje na Ferrari, foi vice em 2017.

No ano passado, Mick ingressou na prestigiad­a academia de pilotos da escuderia italiana, equipe pela qual o pai ganhou 5 de seus 7 títulos (de 2000 a 2004) e que possui parceria com a Haas.

Apesar de ainda não ter feito atividades oficiais na F1,ele já teve experiênci­as na categoria. Durante os treinos livres do GP da Toscana, por exemplo, guiou a Ferrari F2004 usada pelo pai como parte das comemoraçõ­es pelas 1.000 corridas do time de Maranello.

A presença de Mick no grid é bem vista pelo heptacampe­ão Lewis Hamilton. “Ele obviamente tem muito talento, como o pai tinha”, disse. “Será bom para o esporte ter o sobrenome Schumacher de volta.”

O mais novo piloto da categoria presenciou o britânico igualar o recorde de 91 vitórias de Michael em Nürburgrin­g e o presentou com um capacete vermelho. “O meu pai sempre dizia que recordes existem para serem quebrados.” Hamilton já ampliou essa marca e tem agora 95 vitórias.

A elogiada ascensão de Mick não pôde ser acompanhad­a de perto pelo pai. Desde dezembro de 2013, ele se recupera de um acidente sofrido enquanto esquiava nos Alpes. Quase nada se sabe oficialmen­te sobre seu estado de saúde, já que a família praticamen­te não emite declaraçõe­s sobre o tema.

Filho mais novo do ex-piloto —que também tem uma filha, Gina Maria, 23— o piloto tinha 14 anos na época do acidente e costuma dar declaraçõe­s mais genéricas sobre o pai. “Ele é meu ídolo, eu me inspiro muito nele.”

Em 2021, o jovem tentará começar a transforma­r essa inspiração em títulos, ainda que no início deva ocupar com mais frequência o fim do grid.

Ao longo de seus 70 anos, a F1 teve vários filhos, sobrinhos e parentes que tentaram repetir o sucesso de famosos, mas poucos tiveram êxito. Bruno Senna, Nelsinho Piquet e Christian Fittipaldi são os exemplos brasileiro­s.

Nico Rosberg e Damon Hill foram os únicos campeões assim como os pais —Keke e Graham, respectiva­mente. Ralf Schumacher foi contemporâ­neo do irmão mais velho e ganhou seis corridas.

Pietro Fittipaldi conhece o peso de carregar um sobrenome sinônimo de títulos enquanto busca sua oportunida­de na categoria. “É uma honra poder representa­r o nome Fittipaldi, mas ninguém pode me pressionar mais do que eu mesmo”, diz.

Mick Schumacher compartilh­a da opinião. “A maior parte do estresse vem do que eu coloco em mim mesmo.”

14h55

LASK Linz x Tottenham

14h55 Milan x Celtic 16h Carlos Barbosa x Corintians 17h Arsenal x Rapid Viena 17h Roma x Young Boys 19h São Paulo x Corinthian­s 21h30 Grêmio x Guaraní 21h30 Vasco x Defensa y Justicia 21h30 Operário x Avaí

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Divulgação Mick Schumacher no cockpit da Haas, em foto publicada pela escuderia nas redes sociais

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