Maia chama Bolsonaro de covarde e culpa presidente por mortes
Em meio às disputas pelo comando da Câmara e sobre a vacina contra a Covid-19, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), usou as redes sociais neste sábado (9) para chamar Jair Bolsonaro (sem partido) de “covarde”.
Além disso, Maia afirmou que o presidente da República tem culpa pelas 200 mil mortes por Covid-19 registradas no Brasil até agora.
Maia também rebateu críticas de Arthur Lira (PP-AL), líder do centrão que concorre à presidência da Casa com o apoio de Bolsonaro e enfrentará o candidato de Maia, Baleia Rossi (MDB-SP).
“Cada vez mais o candidato do Bolsonaro usa das mesmas práticas do seu chefe. Por isso que cada vez mais eu ouço ele ser chamado de ‘Bolsolira’”, respondeu Maia por meio de sua assessoria de imprensa.
Lira havia dito que Maia conduziu a Câmara de maneira “personalista” e que a candidatura de Baleia nasce “de uma imposição”. O deputado diz ter recebido relatos de pressão de governadores nas bancadas e de repressão das cúpulas partidárias contra a sua candidatura. “Tudo isso lá do lado da turma que fala em democracia e liberdade”, afirmou Lira.
Já a acusação de Maia de que Bolsonaro seria covarde foi feita a partir do compartilhamento de uma nota da coluna Radar da revista Veja, que afirma que o presidente tem culpado o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pela perda de popularidade do governo e pelo atraso na vacinação.
“Bolsonaro é covarde”, escreveu Maia no Twitter. Segundo a nota da revista, na reunião ministerial ocorrida nesta semana, Bolsonaro disse, um pouco em tom de brincadeira e um pouco com seriedade, que a Covid-19 “baqueou Pazuello e que ele não dá conta de mais nada”. O ministro pegou a doença em outubro e chegou a ficar dois dias internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília.
Bolsonaro, em redes sociais, afirmou que a informação publicada no site da revista é “uma mentira” e que quase toda a imprensa foi atrás.
O presidente não quis responder aos comentários de Maia quando questionado sobre o tema por telefone pelo apresentador da Band José Luiz Datena. “Não vou falar, Datena. Não vou dar palanque para ninguém, não”, afirmou.
Em dezembro, o presidente afirmou que a medida provisória do 13º do Bolsa Família não virou lei por culpa de Maia. Este rebateu chamando Bolsonaro de “mentiroso”.