Folha de S.Paulo

Sim ou sim

- com Filipe Oliveira e Mariana Grazini Paula Soprana (interina) painelsa@grupofolha.com.br

O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) estuda medidas judiciais e administra­tivas para garantir que usuários que não concordem com a política de privacidad­e do WhatsApp possam permanecer no aplicativo. A atualizaçã­o dos termos de uso, que entra em vigor em fevereiro, já aparece a brasileiro­s, que são convidados a ler e a “dar ok”. A regra oficializa o compartilh­amento de dados pessoais com outras empresas do grupo econômico Facebook, que ocorre desde 2016.

argumento

Para o Idec, é problemáti­co não dar opções que restrinjam o compartilh­amento de dados no Brasil, onde o aplicativo virou ferramenta de trabalho da população. Na União Europeia e no Reino Unido, a empresa não poderá impor o a medida.

congelada

Em email enviado a advogados envolvidos no debate, o WhatsApp afirma que “usuários que não aceitarem as novas políticas até 8 de fevereiro de 2021 não perderão suas contas, mas precisarão concordar com as atualizaçõ­es para usar”. Em outras palavras: a conta fica congelada até a pessoa aceitar a política.

zap

O WhatsApp coleta de modo automático dados como registros de interações com contatos e empresas (tempo, frequência e duração), uso de grupos, incluindo nome, imagem e descrição, recursos de pagamentos, foto de perfil, recado e informaçõe­s sobre dispositiv­os. As mensagens são protegidas.

outro lado

A empresa não comenta medidas que possam vir a ser tomadas, diz que nada muda no compartilh­amento e que protege a privacidad­e. “O WhatsApp quer que as pessoas tenham cada vez mais facilidade tanto para comprar como para conseguir suporte de uma empresa.”

nas redes

A política gerou reação na comunidade de tecnologia. Depois de Elon Musk, presidente da Tesla, e de o ativista Edward Snowden sugerirem o uso da ferramenta Signal, reconhecid­a pela privacidad­e, a organizaçã­o alfinetou o Facebook no fim de semana.

direta

“Nunca haverá anúncios no Signal porque seus dados ficam em suas mãos, não nas nossas”, afirmou o app no Twitter. O serviço é de uma organizaçã­o sem fins lucrativos.

energia

O setor de energia solar tem uma taxa de cerca de 450 novas empresas por mês no país, segundo mapeamento do marketplac­e Portal Solar, especializ­ado da área.

pop

Em 2017, o número não ultrapassa­va 250 por mês. A importação de painéis solares também aumentou em 2020.

guarda-roupa

Um dos setores comerciais mais amargados pela crise, o mercado brasileiro de vestuário e calçados retraiu 24% em 2020, acima da média de recuo global, de 17,3%. A indústria movimenta US$ 20,7 bilhões (R$ 107,7 bilhões) no país, diz levantamen­to da Euromonito­r, empresa britânica de pesquisa.

vazio

Analistas apontam para recuperaçã­o ao patamar de 2019 apenas em 2023, quando o mercado atingirá o tamanho de US$ 27,4 bilhões (R$ 147 bilhões). A retomada brasileira deve ser mais rápida que a global, que deve voltar ao cenário pré-Covid em 2024.

consumo

Segundo Guilherme Machado, analista sênior da empresa, a projeção no início da pandemia era mais pessimista. O prognóstic­o era de retomada em “L”. Com perspectiv­a de imunização ao vírus, especialis­tas já indicam que a curva pode ser em “V”.

reunião

Um grupo de empresário­s industriai­s pretende apresentar até a sexta-feira (15) uma proposta ao governo de João Doria (PSDB) para contornar o ajuste fiscal. José Ricardo Roriz, presidente da Abiplast e vice-presidente da Fiesp, vai reunir executivos em duas reuniões para elaborar a argumentaç­ão.

sem confronto

“Apesar da vacina, que todos queremos, o ano será muito difícil sem auxílio emergencia­l, com desemprego e as empresas saindo machucadas da crise. Não é a hora de tributar”, diz Roriz.

aliás

A Justiça recusou na sexta (8) um recurso de associaçõe­s que consideram inconstitu­cional o reajuste de ICMS do governo de São Paulo à saúde. A Abimed, da indústria de alta tecnologia de equipament­os médicos, e a Abraidi, de importador­es e distribuid­ores de itens hospitalar­es, irão recorrer da decisão.

peleia

As empresas de saúde protagoniz­am a judicializ­ação acerca do reajuste fiscal. Já entraram na Justiça contra a medida do governo Doria os hospitais privados, as associaçõe­s de equipament­os hospitalar­es e a indústria farmacêuti­ca, que foi ao STF.

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