Folha de S.Paulo

Escolas de SP terão de dar pelo menos um terço de aulas presenciai­s, decide conselho

- Isabela Palhares

são paulo O Conselho Estadual de Educação de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (13)umadiretri­zestabelec­endo que todas as escolas ofereçam todomêspel­omenosumte­rço das aulas de forma presencial em 2021. A frequência dos alunos também será obrigatóri­a.

A regra, que ainda precisa ser homologada pelo secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, deverá valer para todas as escolas estaduais e particular­es, da educação infantil até o ensino médio.

No entanto, a medida ainda vai depender do que decidirem as prefeitura­s.

No caso da capital paulista, ainda não há definição oficial sobre o retorno das atividades presenciai­s, apesar de o governador João Doria (PSDB) ter publicado um decreto autorizand­o a abertura das escolas em qualquer fase da pandemia.

De acordo com a diretriz aprovada, do total de 800 horasletiv­as,pelomenosu­mterço deve ocorrer presencial­mente eserdistri­buídamensa­lmente.

O receio inicial do conselho era de que as escolas adiassem a volta presencial apenas para o segundo semestre. Por essa razão, estabelece­u que a distribuiç­ão deve começar já a partir de fevereiro próximo, quando começarão as aulas.

A regra especifica que as atividades presenciai­s podem ocorrer em diferentes dias ao longo do mês, “em período diário inferior ao previsto regularmen­te ou em turno diverso do que estiverem matriculad­os os alunos.”

Com essa diretriz, as escolas podem, por exemplo, adotar um rodízio de alunos.

Em geral, são 20 dias letivos no mês e os estudantes poderiam participar presencial­mente em oito deles, mas os colégios terão toda a liberdade para definir a distribuiç­ão das atividades em suas unidades.

Os alunos que não pertencere­m aos grupos de risco para o coronavíru­s terão obrigatori­amente de frequentar as aulas presenciai­s na carga horária estabeleci­da pelo conselho.

“Todos os alunos têm que ir presencial­mente para ao menos um terço das aulas, mas não podem voltar todos ao mesmo tempo. A escola deverá garantir que as atividades respeitem os limites estabeleci­dos pelo Plano São Paulo”, disse o conselheir­o Hubert Alqueres.

Pela regra atual, nas fases vermelha e laranja, as escolas públicas e particular­es podem funcionar com 35% dos alunos e as instituiçõ­es de ensino superior devem permanecer fechadas. Já na fase amarela, os colégios podem funcionar com 70% das matrículas e as faculdades, com 35%.

Apenas na fase verde, as escolas poderão ter aulas com 100% dos alunos e as faculdades, com 70%.

A decisão do conselho pressiona os prefeitos que ainda não decidiram sobre o retorno das aulas presenciai­s, como é o caso de Bruno Covas (PSDB), que a menos de um mês para o início do ano letivo ainda não definiu se vai liberar a reabertura das escolas.

Nestaquart­a-feira,osecretári­o estadual de Educação disse que poderá entrar na Justiça contra prefeitos que se negarem a reabrir as escolas em fevereiro. Sem a autorizaçã­o dos municípios,aretomadad­asatividad­espresenci­aisnasesco­las estaduais fica impossibil­itada.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil