Vacina derruba hospitalização na Escócia, diz pesquisa
bruxelas Resultados de um estudo nacional na Escócia mostraram que, quatro semanas após a primeira dose das vacinas da Pfizer ou da AstraZeneca contra o coronavírus, o risco de hospitalização caiu 85% e 94%, respectivamente. “Parece haver diferença entre grupos etários, mas a redução nas hospitalizações para os mais idosos ainda é impressionante”, disse Arne Akbar, presidente da Sociedade Britânica de Imunologia.
O Reino Unido foi pioneiro em aprovar vacinas e botar em marcha um programa amplo de vacinação, que já deu ao menos a primeira dose aos grupos mais suscetíveis. A previsão é que todos os adultos estejam vacinados até o final de julho.
A pesquisa, feita por pesquisadores de cinco universidades em consórcio com o sistema de saúde escocês, é a primeira a relatar o efeito da vacinação em um país inteiro, e compara as taxas de hospitalização entre aqueles que receberam e não receberam a primeira dose da vacina. Os dados foram coletados de 8 de dezembro a 15 de fevereiro deste ano, período no qual 21% dos 5,4 milhões de escoceses receberam a primeira dose.
De acordo com Aziz Sheikh, diretor do Instituto Usher da Universidade de Edimburgo (uma das participantes do estudo), “as vacinas estão proporcionando uma redução muito substancial nas transmissões hospitalares do sétimo dia em diante”. Segundo a equipe responsável, são aplicáveis a outros países que estão usando as vacinas Pfizer e Oxford/AstraZeneca.
“Mas não devemos ser complacentes. Ainda é preciso garantir a interrupção do contágio do vírus”, disse Josie Murray, consultora de saúde pública do governo escocês. Dados do governo mostram que os contatos entre pessoas continuaram caindo no final de janeiro, de 3,1 pessoas, em média, para 2,9.