Folha de S.Paulo

Sindicatos contra venda de refinaria pedem reunião com árabes

- Diego Garcia

rio de janeiro Sindicatos de petroleiro­s de 13 estados (São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Amazonas) enviaram na sexta (19) uma carta ao fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos que está em processo de compra da refinaria da Petrobras na Bahia, a segunda maior do país.

O fundo Mubadala fez a melhor oferta na concorrênc­ia para a refinaria, no valor de US$ 1,65 bilhão, segundo informou a petroleira em 8 de fevereiro.

Eles pedem uma reunião para expor detalhes sobre a venda da refinaria. As entidades defendem no documento que a transação é ilegal e inconstitu­cional.

Os sindicatos argumentam ainda que a transação “acarretará graves prejuízos econômicos ao patrimônio da Petrobras, pelo negócio estar inserido diante de inseguranç­a jurídica”.

No sábado (20), os petroleiro­s já haviam acionado a Justiça e o TCU (Tribunal de Contas da União) contra a venda da refinaria, considerad­a uma peça importante para capacidade de refino do Brasil.

A venda será a primeira de uma refinaria da estatal desde que a empresa abriu processo para buscar interessad­os por 8 das suas 13 refinarias, em 2019, sob o argumento de que precisa focar seus esforços na exploração do pré-sal.

Procurada, a Petrobras afirma que a conclusão da venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), localizada em São Francisco do Conde (BA), depende ainda de aprovação de órgãos competente­s.

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