PAINEL S.A. Pedágios paulistas sobem 8% na próxima quinta
Empresários do setor de turismo querem tentar convencer Bolsonaro a abrir mão de uma das primeiras medidas que ele tomou depois de assumir o governo: a extinção do horário de verão, que veio por meio de um decreto ainda em abril de 2019. Eles argumentam que o retorno pode beneficiar o turismo nacional, estendendo o horário das atividades ligadas ao setor, além de representar uma economia na energia elétrica diante da preocupação com a crise hídrica no país.
despertador Entidades ligadas à CNTur (Confederação Nacional do Turismo) de Santa Catarina, Paraná e Bahia vão enviar ao governo o pedido para voltar o horário de verão. Mas a tarefa não deve ser fácil, porque o presidente sempre reclamou da mudança no relógio, defendendo que não gera economia de energia.
anti-horário Quando tomou a medida no inicio do mandato, Bolsonaro também apostava que a produtividade do trabalhador brasileiro aumentaria, porque, segundo ele, o horário de verão afetava o relógio biológico da população.
gota d’água Fábio Aguayo, diretor da CNTur, tem cautela ao falar em potenciais impactos do horário de verão sobre o consumo de energia. “Sabemos que não é uma economia expressiva, mas qualquer coisa importa neste momento. Além disso, quando se fala em horário de verão, vem uma ideia de preservação na cabeça das pessoas”, diz Aguayo, que também dirige uma associação de bares e casas noturnas.
tijolo com tijolo A Lojas Quero-Quero, de produtos para casa e construção, se prepara para abrir suas primeiras unidades fora do Sul do Brasil. A empresa, que tem mais de 400 lojas em municípios pequenos e médios da região, vai inaugurar três pontos no Mato Grosso do Sul, a partir de julho, quando completa o primeiro ano desde que abriu capital na Bolsa.
território O projeto de expansão da Quero-Quero também prevê entrar em estados do Sudeste, incluindo São Paulo. O aumento da presença da rede no Sul continua, segundo a empresa, que abriu 27 lojas na região no primeiro semestre, além de um centro de distribuição no Paraná.
gole A Diageo, dona de bebidas como Smirnoff e Tanqueray, vai doar 30 parklets a bares e restaurantes da capital paulista localizados em ruas liberadas para instalação das estruturas cercadas e com mesas nas vagas de estacionamento no asfalto. A ideia é elevar a capacidade de atendimento ao ar livre.
cabine As principais rodovias de São Paulo terão alta de pedágio a partir da próxima quinta (1º). O reajuste, de 8,06%, foi autorizado nesta sexta (25) pela Artesp (agência reguladora dos transportes rodoviários no estado). O mais caro, na Imigrantes, chega a R$ 30,20 em Piratininga.
troco Quem passar pela rodovia Washington Luís, na altura de Araraquara, vai pagar R$ 18,70 por veículo após o reajuste. Já na praça de Itatinga, na Presidente Castello Branco, a tarifa vai a R$ 15. Segundo o órgão, o percentual se baseia na evolução do IPCA de junho de 2020 a maio de 2021.
efeito dominó Lideranças de caminhoneiros avaliam que o aumento no preço dos pedágios pode mobilizar a população, que será mais impactada, a apoiar outros pleitos da categoria, como a reclamação pelo preço do combustível.
carroceria Segundo Marcelo da Paz, representante dos motoristas de Santos, quem deve arcar com a alta é o embarcador, mas o aumento é um agravante no contexto atual de insatisfação dos caminhoneiros.
cancela Everaldo Bastos, diretor da Fetrabens (Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de SP), diz que o reajuste veio em péssimo momento. “Vamos analisar os motivos para esse aumento. Não é coerente porque não vem acompanhado da manutenção das rodovias”, afirma.
bomba Para José Roberto Stringasci, presidente da ANTB (associação de transporte), a preocupação maior da categoria ainda é com o valor dos combustíveis, que tem gerado discussões sobre uma possível paralisação dos caminhoneiros.
bolso Até os motoboys entregadores de aplicativo criticam o aumento de 8%. Gilberto Almeida, presidente do Sindimoto-SP, que representa os profissionais, chamou o reajuste de falta de bom senso. “É mais um complicador na vida dos trabalhadores que sobrevivem de entregas e eventualmente fazem corridas intermunicipais”, diz.