Polícia Civil investiga intoxicação de casal que morreu no Rio de Janeiro
RIO DE JANEIRO A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se o casal encontrado morto na noite de terça-feira (22) em um apartamento no Leblon, zona sul da cidade, foi vítima de intoxicação por monóxido de carbono.
Os corpos de Nathalia Guzzardi Marques e Mateus Correia Viana, 30, foram achados no banheiro da casa do jovem, onde havia um aquecedor a gás. Segundo informações preliminares da Polícia Civil, foi o monóxido de carbono não dissipado pela falta de ventilação que causou a morte das vítimas. O caso é investigado pela 14ª DP (Leblon), que realizou perícia no local.
Laudo do IML (Instituto Médico Legal) revelado pelo jornal O Globo indica que os corpos apresentavam sinais de asfixia, “com coloração carminada dos tecidos, sugestivo de intoxicação exógena”. O perito solicitou exames complementares para definir se a asfixia foi motivada por monóxido de carbono, gás inodoro que pode matar rapidamente.
Nathalia era psicóloga e deixa um filho de oito anos. Sua mãe, a psicopedagoga Ana Guzzardi, afirmou ao site Metrópoles que a filha havia pedido a ela que buscasse o neto na escola no fim da tarde de segunda-feira (21). Como Nathalia não apareceu à noite para pegá-lo, como combinado, Ana começou a ficar preocupada.
Mateus trabalhava na fazenda da família, onde criava e vendia tilápias e produtos orgânicos. Nas redes sociais, postava fotos em meio à natureza, com animais e rodeado de amigos, que escreveram lamentando sua morte.
Em nota, a distribuidora de gás Naturgy lamentou a morte do casal e afirmou que a manutenção dos aparelhos como fogões e aquecedores e das instalações internas das residências é de responsabilidade do consumidor.
A instalação de aquecedores de gás nos banheiros não é recomendada. Se o cômodo for mal ventilado, pode haver acúmulo de monóxido de carbono no local, o que pode ser fatal.
No Rio de Janeiro, uma lei estadual prevê a obrigatoriedade da inspeção nas instalações de gás em imóveis residenciais e comerciais a cada cinco anos.