Folha de S.Paulo

Pop como nunca, Tarsila ganhará nova biografia

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A artista plástica Tarsila do Amaral vai ganhar uma nova biografia, depois de ter sua popularida­de alavancada ainda mais pela exposição “Tarsila Popular”, que bateu recorde de visitações no Museu de Arte de São Paulo há dois anos.

O livro ficará a cargo de Francesca Angiolillo, repórter especial deste jornal, tradutora e vencedora do prêmio da Biblioteca Nacional pela coletânea de poemas “Etiópia”.

O plano é que a biografia, que sairá pela Companhia das Letras, fique pronta até janeiro de 2023, a tempo da efeméride de 50 anos da morte de uma das pintoras mais importante­s da história do Brasil.

Não será a primeira biografia da artista, que já foi objeto, por exemplo, de “Tarsila: Sua Obra e Seu Tempo”, que a

crítica de arte Aracy Amaral publicou na década de 1970.

“A intenção não é fazer um trabalho acadêmico sobre a arte de Tarsila, que foi revolucion­ária, pois esse aspecto está mais que coberto pelo livro incontorná­vel de Aracy Amaral”, afirma Angiolillo.

“Mas, além de artista, Tarsila foi uma mulher extraordin­ária, e os aspectos pessoais de sua vida ainda não foram muito explorados. Há lacunas a preencher na história dessa que é hoje uma figura de grande apelo, uma artista que temos orgulho de identifica­r como brasileira.”

NOITE VELOZ A Companhia das Letras publica também, já na semana que vem, uma reunião de toda a poesia de Ferreira Gullar, a última revista pelo poeta ainda em vida. A edição é a mesma que saiu em 2015 pela José Olympio, acrescida de um posfácio inédito do poeta Antonio Cicero, imortal da Academia Brasileira de Letras.

CASA DAS IDEIAS A Perspectiv­a inaugura em agosto uma nova coleção sobre urbanismo, chamada Urbanidade­s Fraturadas e coordenada pelo professor Leandro Medrano, da Universida­de de São Paulo —numa espécie de resgate das origens mais acadêmicas da editora, com intelectua­is ajudando a guiar as sugestões de publicação da casa. O livro de estreia será “Compreende­ndo as Cidades”, do australian­o Alexander Cuthbert.

AMADO A editora Nós passa a ser casa do francês Mathieu Lindon. Acaba de comprar “O que Amar Quer Dizer”, que havia saído pela finada Cosac & Naify, e o novo “Hervelino”.

E AMANTE E a Bazar do Tempo não perde tempo nas novidades sobre Marguerite Duras, que dominou a última coluna. A casa tem contratado­s dois livros importante­s, “A Dor” e o ensaístico “A Vida Material”, e está para fechar mais dois.

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