Comissão quebra sigilo de blogs e recua sobre Jovem Pan
brasília e são paulo A CPI da Covid aprovou nesta terça (3) requerimentos de quebra de sigilo bancário dos sites Terça Livre, Brasil Paralelo, Crítica Nacional, Senso Incomum e Conexão Política, que atuam em defesa do presidente Jair Bolsonaro, e indicados como propagadores de fake news.
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), chamou de equívoco o requerimento de quebra de sigilo da rádio Jovem Pan, e o retirou da pauta, desculpando-se em entrevista.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que não cabe à CPI quebrar sigilo de órgãos de imprensa e que isso seria contra a democracia. “Não podemos cercear o pensamento das pessoas. Podemos discordar, mas não calar suas vozes.”
A produtora de vídeos conservadora Brasil Paralelo diz que a decisão é “injustificada”.
A empresa, especializada em documentários com viés de direita, está avaliando alguma medida judicial contra a determinação da comissão.
“Estão nos confundindo com outros sites e perfis. Nunca fizemos campanha contra a vacinação ou a ciência, nem a favor da cloroquina”, afirma o sócio Lucas Ferrugem.
A empresa, que diz ter mais de 200 mil assinantes, sustenta que nunca recebeu dinheiro público e que a quebra do sigilo bancário poderia provocar constrangimentos a assinantes. Henrique Viana, outro dos sócios, afirmou que não faz sentido o pedido de quebra de sigilo contra a Jovem Pan ter sido revogado, e o da Brasil Paralelo, mantido.