Folha de S.Paulo

Startup de biometria é novo unicórnio brasileiro

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são paulo | reuters A empresa de biometria unico anunciou nesta terça-feira (3) que recebeu aporte de R$ 625 milhões em rodada liderada pelos fundos da General Atlantic e do SoftBank, tornandose o novo exemplar brasileiro de unicórnio, jargão do mercado para startups avaliadas em ao menos US$ 1 bilhão.

O anúncio, quase 11 meses após a unico ter recebido outra rodada de R$ 580 milhões também liderado pelo General Atlantic e pelo SoftBank, ilustra a rápida expansão da demanda por biometria para usos tão distintos quanto abertura de contas a aulas remotas, movimento acentuado pelas medidas de distanciam­ento social.

Criada em 2007 e com sede em São Paulo, a unico, antes conhecida como Acesso Digital, tem crescido impulsiona­da por empresas que também decolaram no meio online. Atualmente, a companhia tem cerca de 800 empresas clientes, incluindo Magazine Luiza, Pernambuca­nas, C6Bank, Banco Original e B2W.

Com a disparada da demanda por identifica­ção digital, a unico também acelerou o passo com aquisições. Em 2020, comprou a startup gaúcha de análise de imagens Meerkat. Neste ano, adquiriu a Vianuvem e a CredDefens­e, especializ­adas em biometria para comércio de veículos. Isso também ajudou a triplicar seu quadro de funcionári­os para os cerca de 700.

Segundo Diego Martins, fundador e presidente da unico, os recursos serão usados para a companhia ampliar o desenvolvi­mento de tecnologia proprietár­ia e para aquisições.

“O novo investimen­to vai tornar nossa máquina de M&A (fusões e aquisições) mais consolidad­a”, disse Martins em entrevista à Reuters, acrescenta­ndo que também está montando um grupo para detectar possibilid­ades de expansão no exterior.

Segundo o sócio do SoftBank Latin America Fund, Paulo Passoni, um serviço de identifica­ção biométrica com elevado grau de assertivid­ade como o da unico é um negócio difícil de construir.

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