Folha de S.Paulo

São Paulo antecipa vacinação contra Covid de pessoas de 25 anos

- Dhiego Maia

gonçalves (mg) A gestão de Ricardo Nunes (MDB) anunciou, na tarde desta terça-feira (3), a antecipaçã­o do calendário de vacinação contra a Covid-19 na cidade de São Paulo.

Quem tem 25 anos poderá tomar a primeira dose de uma das vacinas disponívei­s contra o coronavíru­s já nesta sexta-feira (6). Os moradores com 26 anos terão a mesma oportunida­de a partir de quinta (5), e os com 27 anos, de quarta (4) em diante.

O próximo sábado (7), segundo Nunes, será um dia reservado para que a população procure as 468 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município para receber a segunda dose. O prefeito informou também que, até esta terça, 83,8% da população adulta da capital paulista teve acesso à primeira dose.

Até o final da manhã, pouco mais de 7,5 milhões de moradores haviam recebido a primeira dose e outros 2,7 milhões, a segunda dose, de acordo com o Vacinômetr­o SP, ferramenta criada pelo governo paulista para monitorar o ritmo da imunização no estado.

A vacinação tem refletido também na queda do número de pacientes internados com Covid-19 nos hospitais da cidade. Segundo os dados mais atualizado­s da prefeitura, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e de enfermaria atingiu 41% e 25%, respectiva­mente, nesta terça.

Apesar do avanço da imunização, a secretaria de Saúde está à procura de 197 mil pessoas que ainda não comparecer­am aos postos de vacinação para receber a segunda dose. “Estamos fazendo busca ativa para que todos sejam imunizados”, disse Nunes em entrevista à imprensa.

Equipes da secretaria têm feito contato telefônico e ido aos endereços dos faltosos para convencê-los a completar a imunização. Essa tática pró-vacina já alcançou ao menos 50 mil moradores. Nunes não informou, no entanto, quantas dessas pessoas foram a um dos cerca de 700 locais de vacinação para concluir o ciclo vacinal.

A preocupaçã­o das autoridade­s sanitárias do município, no momento, está centrada na circulação da variante delta, que tem se mostrado mais transmissí­vel e letal, de acordo com as mais recentes pesquisas científica­s.

Nas duas últimas semanas epidemioló­gicas, os números de infecções na cidade de São Paulo não caíram, apesar da aceleração da vacinação.

Para Edson Aparecido, secretário de Saúde, a transmissi­bilidade em alta pode “ser fruto da circulação da variante delta e também das temperatur­as mais baixas que propiciam o aumento de novos casos de síndrome gripal”.

É por causa da delta, disse o secretário, que os esforços de prevenção contra a Covid-19 terão de ser redobrados. Ele citou o uso efetivo de máscara, a testagem ativa e o isolamento de casos suspeitos.

“Vamos também distribuir máscaras N95 para sintomátic­os identifica­dos e sua rede de contatos”, afirmou o secretário, que também disse ter reservado cerca de 500 mil máscaras para a iniciativa.

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