Folha de S.Paulo

Protesto em redes sociais pede liberdade para Paulo Galo

- Victoria Damasceno

são paulo Em protesto contra a prisão de Paulo Roberto da Silva Lima, entregador de aplicativo­s e ativista conhecido como Paulo Galo, usuários de redes sociais estão assumindo a autoria do incêndio na estátua do bandeirant­e Borba Gato, em 24 de julho.

Galo foi preso temporaria­mente por participar do ataque quando chegou à delegacia de polícia espontanea­mente para depor. Ele admitiu participaç­ão do incêndio.

Usuários de redes sociais protestava­m também contra a prisão da companheir­a de Galo, a costureira Géssica Silva Barbosa, que já foi liberada.

A atriz e comediante Samantha Schmütz escreveu em uma rede social: “Eu também queimei a estátua de Borba Gato! Liberdade para Paulo Galo e Géssica!”. Sua postagem teve cerca de 17,8 mil curtidas e 1.400 compartilh­amentos, com muitos usuários endossando o apoio da atriz.

Para reunir as postagens sobre o tema os usuários utilizaram a hashtag #LiberdadeP­araPauloGa­loeGessica.

Profission­ais de diversas áreas também gravaram vídeos em protesto contra a prisão temporária. A cineasta Eliane Caffé e o artista e pesquisado­r Lucas Bambozzi foram alguns deles.

A prisão de Galo e de Géssica havia sido determinad­a pelo prazo de cinco dias, mas na última sexta-feira (30) a Justiça prorrogou por mais cinco dias a prisão do entregador e concedeu liberdade provisória à costureira.

Criminalis­tas considerar­am as prisões ilegais. À Folha, o advogado Augusto de Arruda Botelho disse que a prisão temporária deve ser feita quando é imprescind­ível para as investigaç­ões, e que “no caso específico do Galo, só a apresentaç­ão espontânea dele, para colaborar com as investigaç­ões, esvazia completame­nte a imprescind­ibilidade”.

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