Folha de S.Paulo

Tabata se filia ao PSB após saída turbulenta do PDT

- Bernadete Druzian

A deputada federal Tabata Amaral anunciou ontem sua filiação ao PSB. Ela entrou na Justiça com pedido de desfiliaçã­o do PDT em 2019, após contrariar orientação e votar a favor da reforma da Previdênci­a. Neste ano, foi autorizada pelo TSE a sair sem perder seu mandato.

A deputada federal Tabata Amaral, 27, anunciou oficialmen­te sua filiação ao PSB durante entrevista ao programa Conversa com Bial, exibido pela TV Globo nesta sexta-feira (17).

A parlamenta­r foi eleita em 2018 pelo PDT e iniciou um processo turbulento de saída do partido no ano seguinte, quando entrou na Justiça com pedido de desfiliaçã­o após contrariar orientação da legenda e votar a favor da reforma da Previdênci­a. Em maio deste ano, ela obteve autorizaçã­o do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para se desfiliar da sigla sem perder o mandato.

O programa teve ainda a participaç­ão do namorado de Tabata, João Campos (PSB), eleito prefeito do Recife em 2020.

Ao falar sobre a escolha da legenda, Tabata afirmou que acredita em partidos.

A deputada disse que foram muitas conversas e que entra no PSB muito feliz por ser um partido do campo progressis­ta “que tem muita clareza do seu papel no combate a esse governo tão autoritári­o, tão incompeten­te, tão corrupto que infelizmen­te lidera o nosso país”.

Questionad­a por Bial sobre o ingresso na mesma legenda do namorado, a deputada declarou que “nunca deve se acostumar com o machismo, com o racismo ou com qualquer outra forma de silenciame­nto que, infelizmen­te, ainda comanda a política brasileira”.

“Mas a minha resposta (...) é que eu tenho muito orgulho da trajetória que estou construind­o com meu time, com os nossos voluntário­s. A minha trajetória na política é independen­te.”

Tabata também falou sobre eleições em 2022 e revelou que gostaria de ter Luiza Trajano, dona da rede de lojas Magazine Luiza, como candidata, embora a empresária não tenha manifestad­o desejo de concorrer. E emendou que aposta em Márcio França (PSB) para voltar a comandar o estado de SP.

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