São Paulo autoriza preparação para Carnaval de 2022, e escolas de samba já se mobilizam
são paulo|agora A Prefeitura de São Paulo autorizou o início dos preparativos e das medidas administrativas para a realização dos desfiles das escolas de samba e das comemorações do Carnaval em 2022, no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital paulista. Com isso, as agremiações já começaram a se preparar.
A medida, que cita um decreto de julho que criou comissões para discutir a festividade, foi tomada após uma reunião dos representantes da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo com a diretoria da SPTuris (São Paulo Turismo), empresa que administra os eventos na capital paulista.
Apesar disso, a realização do evento não está autorizada. O que foi permitido é o começo das preparações para a festa. A realização do Carnaval vai depender de autorização dos órgãos municipais de saúde e de que pelo menos 70% dos paulistanos já estejam vacinados completamente.
A festividade, junto com o tradicional Réveillon da avenida Paulista, foi cancelada pela gestão municipal em 2021 por causa da pandemia.
Com a autorização, algumas escolas de samba já começaram a se preparar para o desfile no Sambódromo.
A Império de Casa Verde, na zona norte da cidade de São Paulo, já conta com o trabalho de 17 artesãos de Parintins, do Amazonas, há 12 dias. “Eles voltaram com força total e estão a mil. A expectativa é a melhor possível porque passamos quase dois anos sem fazer o que a gente mais ama”, afirma Fábio Leite, vicepresidente da escola.
Já a Acadêmicos do Tucuruvi, da zona norte de São Paulo, informou à reportagem que os profissionais da equipe de Parintins vão chegar no ínicio do mês de outubro e que a escola optou por começar as atividades do barracão de alegorias um pouco mais tarde, para que desse tempo de todos tomarem a segunda dose.
A Rosas de Ouro, da Freguesia do Ó (zona norte da capital paulista), disse que o pessoal de Parintins vai chegar no dia 22 e que todos já estão vacinados. Já a Vai-Vai, do Bixiga (região central da cidade), ainda não determinou uma data oficial para a chegada dos artesãos, mas disse que o trabalho dos profissionais vai ser iniciado em outubro.
Especialistas dizem que ainda é cedo para planejamento. O médico sanitarista Gonzalo Vecina disse que ainda não é hora de pensar no Carnaval, mas que se realmente acontecer, regras rígidas devem ser adotadas. “Pessoalmente, eu acho que não deveria acontecer nada, mas como as pessoas não aguentam mais, acredito que com restrições dá pra acontecer os desfiles”, diz.
Hélio Bacha, médico infectologista, destacou a imprevisibilidade da doença. “Não é com toda segurança que posso dizer que os desfiles podem acontecer no sambódromo. Vai depender muito da quantidade de vacinação da população, se existem novas variantes e da capacidade de fazer a assistência médica, diz.