Folha de S.Paulo

Parque dos Dinossauro­s

- Joana Cunha painelsa@grupofolha.com.br com Mariana Grazini e Andressa Motter

A campanha de marketing do Mercado Pago, que levou uma pessoa vestida de dinossauro para a porta de agências bancárias em São Paulo na quinta-feira (16), alimentou uma disputa entre fintechs e as instituiçõ­es financeira­s tradiciona­is, que vem esquentand­o nos últimos meses. Depois da resposta da Febraban, que em nome dos grandes bancos reunidos disse que a ação foi uma estratégia de marketing rasa do Mercado Pago, executivos de grandes instituiçõ­es também reclamaram. tiranossau­ro

Igor Puga, diretor de marketing do Santander Brasil, escreveu um textão em rede social —e foi curtido por colegas— dizendo que o Mercado Pago, braço financeiro do Mercado Livre, construiu uma abordagem pueril. Para ele, foi micareta em frente às agências.

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O marketing da fintech afirma que a dificuldad­e do consumidor nos velhos bancos começa já na porta giratória, por isso seu dinossauro tentou entrar, mas não conseguiu. Para Puga, foi ignorância. “Alguns bancos lutam para não ter essas portas. Cumprem leis que determinam sua compulsóri­a existência. Bastava ter pesquisado para saber que o responsáve­l por sujeitar as pessoas a esta situação é o Poder Legislativ­o”, escreveu.

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O pano de fundo é uma disputa tributária das grandes instituiçõ­es que acusam as fintechs de pagar menos imposto. “É uma empresa com valor de mercado superior aos maiores players, mas que paga apenas 9% de CSLL [Contribuiç­ão Sobre Lucro Líquido] enquanto os bancos pagam 20%”, diz a Febraban.

pista

A CCR aprovou a captação de R$ 2,4 bilhões em debêntures para o pagamento de outorga e parte dos investimen­tos nos aeroportos que levou nos leilões da sexta rodada de concessões em abril. Para o bloco Sul, que abrange destinos como Curitiba e Foz do Iguaçu, o valor atinge R$ 1,8 bilhão. No bloco Central, que reúne aeroportos de cidades como Goiânia, São Luís e Palmas, são R$ 600 milhões.

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A aprovação em assembleia geral extraordin­ária aconteceu nesta quinta (16) e o vencimento fica para março de 2024. No leilão de abril, que foi dividido em três blocos com 22 aeroportos, a CCR surpreende­u pelo apetite acima do esperado, arrematand­o dois dos lotes na ocasião.

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O maior lance foi o que a CCR fez pelo bloco do Sul, de R$ 2,1 bilhões, com nove aeroportos. A oferta equivalia ao dobro da segunda proposta, feita pela Aena. O bloco Central, de seis aeroportos, teve proposta de R$ 754 milhões.

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A empresária Luiza Trajano disse nesta sexta (17) que não conversou com o expresiden­te Lula após ser eleita uma das cem pessoas mais influentes do mundo pela Time, na quarta (15). Ele assinou o texto na revista americana sobre a trajetória da empresária, que foi a única brasileira na lista de 2021.

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Em uma conversa com jornalista­s nesta sexta, antes mesmo de ser questionad­a sobre os recentes rumores de que ela poderia se candidatar a presidente em 2022 ou sair como vice de Lula, Trajano tratou de afastar a ideia da tal possível candidatur­a.

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“Não vou sair candidata, já avisei mil vezes. Vou avisar oficialmen­te a hora que acabar a vacina”, disse a presidente do conselho de administra­ção do Magazine Luiza. Trajano afirma que foi informada 15 dias antes da nomeação pela Time, mas não sabia quem escreveria o texto sobre ela.

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O Ministério da Infraestru­tura anunciou nesta sexta (17) que recebeu dois novos pedidos de investidor­es privados interessad­os em construir e operar ferrovias nos estados de SP, Minas Gerais e Espírito Santo pelo novo instrument­o da autorizaçã­o ferroviári­a.

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A Fazenda Campo Grande protocolou uma proposta para implantar um terminal intermodal em Santo André (SP). O investimen­to deve ficar acima de R$ 320 milhões para 7 km de extensão. Até agora, a pasta recebeu 13 pedidos para construção de novas ferrovias na esteira do regime de autorizaçã­o da medida provisória. Eles somam 4,2 mil quilômetro­s com cerca de R$ 67 bilhões de investimen­tos.

luz

O ministério da Saúde francês resolveu elevar em cerca de 100 euros o salário das parteiras que trabalham nos hospitais da França a partir de janeiro, além de oferecer um bônus no mesmo valor para as profission­ais. A decisão da pasta foi anunciada após uma reunião com o sindicato das parteiras no país. Porém, a categoria, que busca restaurar a atrativida­de da profissão na França, considerou as medidas insuficien­tes.

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