Taxa de juros e programa do governo facilitam compra de imóveis
Linhas de crédito da Caixa com juros baixos e o programa Casa Verde e Amarela ajudam no acesso à casa própria
Ataxa básica de juros, Selic, subiu pela quarta vez em 2021, indo de 2% a 5,25% ao ano, após um ciclo de cortes que levou os juros do crédito imobiliário às mínimas históricas. Apesar da alta, o financiamento de imóveis ainda é uma boa opção, com a média de taxas praticadas pelo mercado girando em torno de 6,90%.
Este é o melhor momento para comprar um imóvel, segundo a presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Cristiane Portella. A declaração considera um cenário de taxa de juros ainda baixa em comparação a outros momentos e os preços atrativos dos imóveis.
A Caixa Econômica Federal se destaca com as menores taxas do mercado. O banco trabalha com quatro linhas de financiamento imobiliário. A mais recente, lançada em fevereiro, tem juros a partir da TR + 3,35% a 3,99% ao ano, acrescidos da remuneração da poupança, o que hoje significa uma taxa final de 5,8% ou 6,44%.
Outras opções são TR + 7% ou 8% ao ano, uma linha com juros fixos, entre 8,25% e 9,75% ao ano, e a linha atrelada ao IPCA, com IPCA + 3,55% ou 4,95% ao ano.
Outras instituições bancárias apresentam atualmente financiamentos com valores que oscilam de 6,99% a 9,75% ao ano.
CASA VERDE E AMARELA
Para ajudar os brasileiros a conseguirem adquirir a casa própria com mais facilidade, o governo federal lançou em agosto do ano passado o programa Casa Verde Amarela.
A modalidade de financiamento é uma evolução do Minha Casa Minha Vida, criado em 2009.
O programa divide os clientes em três grupos —e não mais quatro– e, além de auxílio para aquisição de imóveis, prevê ações para regularização fundiária, reforma de imóveis e retomada de obras.
No Casa Verde Amarela, os candidatos ao financiamento que se encaixam no grupo 1 são aqueles com renda mensal de até R$ 2.000. No grupo 2, estão as pessoas que ganham de R$ 2.000 a R$ 4.000, e no grupo 3, de R$ 4.000 a R$ 7.000.
Os beneficiários que fazem parte do grupo 1 terão compra subsidiada e financiada, regularização fundiária e melhora habitacional, segundo o novo programa. Para eles, a taxa varia de 4,5% para cotistas do FGTS a 5,25% para não cotistas, dependendo da faixa de renda.
O grupo 2 está submetido a taxas que variam de 5% a 7%, e o grupo 3, de 7,66% a 8,16%, de acordo com a renda mensal das famílias dentro de cada faixa.
Moradores das regiões Norte e Nordeste que recebem até R$ 2.600 terão a taxa reduzida em 0,25%.