Folha de S.Paulo

Rejeições de Alckmin e Haddad são as maiores

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SÃO PAULO Pré-candidatos que despontam na corrida eleitoral para o Governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, que está em vias de deixar o PSDB, e Fernando Haddad (PT) são também os postulante­s para 2022 que têm as maiores taxas de rejeição no eleitorado, segundo pesquisa do Datafolha.

No caso de Alckmin, 36% dos entrevista­dos dizem que não votariam nele de jeito nenhum no primeiro turno. O percentual de Haddad é de 34%. Na sequência vêm: Guilherme Boulos (PSOL, com 27%), Arthur do Val, o Mamãe Falei (Patriota), Márcio França (PSB), ambos com 20%, e Rodrigo Garcia (PSDB, com 17%).

São também 17% os que se recusam a escolher Abraham Weintraub (sem partido). Tarcísio de Freitas (sem partido) e Vinicius Poit (Novo) são refutados, cada um, por 16%. Parcela de 7% rejeita todos, 3% não rechaçam ninguém e 4% não opinaram.

A situação de Alckmin e Haddad, de certa forma, replica no âmbito estadual o que ocorre no plano nacional, em que os líderes do levantamen­to do Datafolha, Jair Bolsonaro (sem partido) e Lula (PT), são os que também enfrentam os maiores índices de rejeição.

No quesito rejeição, Alckmin possui as maiores taxas entre entrevista­dos do sexo masculino (37%), pessoas de 25 a 34 anos (41%), com escolarida­de de nível superior (42%) e na faixa de dois a cinco salários-mínimos (38%).

A rejeição a Haddad fica também em 37% entre homens, chega a 38% na fatia de 35 a 44 anos, também é de 42% entre pessoas com curso superior e alcança 48% entre os representa­ntes da parcela mais rica do eleitorado, aqueles que têm renda acima de dez salários-mínimos.

Enquanto Alckmin sofre a maior resistênci­a, quanto à ocupação dos entrevista­dos, dentro do grupo de funcionári­os públicos, com uma taxa de rejeição na casa dos 48%, Haddad enfrenta sua maior desconfian­ça no segmento dos empresário­s, com um índice de 51%.

Quando se leva em conta o partido de preferênci­a do entrevista­do, os resultados são os esperados. O exgovernad­or tem rejeição de 23% entre os que simpatizam com o PSDB e 51% entre os que gostam do PT; o ex-prefeito é recusado por 48% dos que admiram o PSDB e 14% dos que têm o PT como sigla predileta.

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