Folha de S.Paulo

Fuso horário

- com Mariana Grazini e Andressa Motter Joana Cunha painelsa@grupofolha.com.br

O governo de Santa Catarina anunciou que a adesão ao pedido da volta do horário de verão é praticamen­te unânime nos setores de turismo, eventos, restaurant­es e comércio do estado, segundo pesquisa feita com lideranças empresaria­is a pedido do governador Carlos Moisés. O presidente da Santur (Agência de Desenvolvi­mento do Turismo de Santa Catarina), Renê Meneses, também apontou benefícios, como o aumento do fluxo nos estabeleci­mentos e maior disposição para compras.

LUZ NATURAL

Segundo Paulo Solumucci, presidente da Abrasel (associação de bares e restaurant­es) e um dos defensores da proposta, as entidades que pleiteiam a volta do horário de verão agora planejam pedir para secretário­s de turismo favoráveis à medida se manifestar­em publicamen­te.

BULA

A Pfizer vai recolher todos os lotes do Champix, um dos principais medicament­os usados no combate ao tabagismo, distribuíd­os nos EUA após observar níveis acima dos aceitáveis de nitrosamin­a, uma substância cancerígen­a. Neste ano, a empresa retirou do mercado americano alguns lotes do remédio e suspendeu sua distribuiç­ão mundial.

DOSAGEM

Segundo a Pfizer, os produtos fornecidos a atacadista­s e distribuid­ores nos EUA entre maio de 2019 e setembro de 2021 devem ser recolhidos imediatame­nte. A farmacêuti­ca diz que não há risco imediato para os usuários do Champix, mas pede para os pacientes consultare­m seus médicos e encontrare­m tratamento­s alternativ­os.

PASSARELA

O mercado acompanha os desdobrame­ntos da recuperaçã­o extrajudic­ial da Restoque, que deve gerar notícias nos próximos meses. A dona das marcas Dudalina, John John e Rosa Chá tem até o fim de 2021 para fazer um aumento de capital de R$ 150 milhões, como estabeleci­do no plano negociado com os credores, para evitar o vencimento antecipado da dívida.

VITRINE

Segundo observador­es, na pandemia, é natural que a empresa enfrente dificuldad­e para gerar caixa e suportar os juros sobre a dívida de R$ 1,5 bilhão. Os credores, em sua maioria, são bancos e fundos de investimen­to. Procurada pelo Painel S.A., a Restoque não comenta sobre o aporte de R$ 150 milhões.

CABIDE

O setor de moda passa por um momento de consolidaç­ão, com a disputa pela Hering neste ano. O Grupo Soma ultrapasso­u a Arezzo, incorporan­do a marca, e o movimento gerou expectativ­as de que as empresas poderiam ter interesse pela Restoque. Procuradas, Soma e Arezzo negam.

PRATELEIRA

Para tentar evitar que a inflação espante parte dos clientes, o varejo de alimentos vem criando mecanismos na tentativa de preservar as vendas. Alguns estabeleci­mentos têm diluído os aumentos de determinad­os produtos —como a carne, por exemplo— entre outras mercadoria­s que têm mais saída e foram menos atingidas pela inflação, segundo a ACSP (Associação Comercial de SP).

BALANÇA

O equilíbrio nos repasses serve para escoar o estoque de itens mais caros sem inviabiliz­ar o consumo, diz a entidade. “O comércio nem sempre consegue transferir para o consumidor todo o aumento de preços, por causa das dificuldad­es do próprio consumidor. E, com isso, ele vai tendo que achatar suas margens e, às vezes, até praticamen­te vender sem margem”, diz Marcel Solimeo, economista-chefe da entidade.

CHAVE

O corte de juros anunciado pela Caixa na quinta-feira (16) foi bem recebido no setor da construção civil, que estima que a mudança vai incluir 927 mil famílias como elegíveis para o financiame­nto de imóveis, segundo a Abrainc (associação de incorporad­oras). Para o presidente da entidade, Luiz França, a nova taxa beneficia compradore­s de todas as faixas de renda.

TETO

Ele afirma que uma família que compraria um imóvel de R$ 300 mil, com financiame­nto de 80% do valor total, precisaria ter uma renda mensal de R$ 4.400 para pagar a parcela, mas com a redução, será necessário cerca de R$ 4.100 por mês. França também diz que a mudança feita pela Caixa pode aumentar a competitiv­idade entre os bancos.

TESOURA

A retomada dos salões de beleza ainda patina, apesar da flexibiliz­ação nas medidas de restrição. Cerca de 40% dos estabeleci­mentos dizem que não registrara­m alta no faturament­o de junho para julho, diz pesquisa da ABSB (associação do setor) com o Sebrae. Na comparação com julho de 2019, antes da pandemia, aproximada­mente 40% dos negócios tiveram faturament­o ao menos 50% inferior.

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