Folha de S.Paulo

Fórum debate os desafios urbanos de SP em tempo de pandemia

- Gustavo Fioratti

SÃO PAULO São Paulo é uma metrópole que enfrenta uma série de desafios de larga escala ao mesmo tempo. A pandemia de coronavíru­s, por exemplo, agravou a crise habitacion­al e fez crescer a população de rua.

A cidade também vê o aumento da presença do setor privado na gestão de seus patrimônio­s, enquanto o Plano Diretor fez surgir muitos prédios em regiões antes dominadas por casas.

Com o objetivo de fazer um quadro geral de uma cidade transforma­da e, por meio dele, poder contribuir com novas propostas para a revisão do Plano Diretor Estratégic­o, começa nesta terça-feira (21) a programaçã­o do Fórum SP 21, evento realizado pela Faculdade de Arquitetur­a e Urbanismo da USP (FAU-USP), o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP) e outras três entidades do setor. A Folha é um dos apoiadores do evento.

A realização das mesas acontece após processo de seleção aberto a interessad­os no tema. A curadoria recebeu cerca de 200 apresentaç­ões, das quais 167 foram selecionad­as. A programaçã­o vai até 1º de outubro.

A abertura nesta terça, às 11h, traz três seminários: os dois primeiros sobre planejamen­to urbano e mudanças climáticas, o último sobre o impacto da pandemia na cidade de São Paulo.

É possível acompanhar os seminários nas contas do YouTube da FAU-USP e do Centro de Estudos da Metrópole. O evento também será transmitid­o pelo Facebook do IAB-SP.

“Debater a cidade sob todos os aspectos, ambientais, sociais, imobiliári­os e de gestão, vai possibilit­ar que a gente faça um quadro geral da cidade nesse momento. Certamente vão aparecer diversos conflitos, como a questão da preservaçã­o e do patrimônio e, do outro lado, interesses do setor imobiliári­o”, diz o arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, colunista da Folha e um dos organizado­res do evento.

A reorganiza­ção dos modos de trabalho também são analisados como fator de transforma­ção das estruturas urbanas. Com o estímulo ao home office, há mudanças importante­s na cidade. A vacância de bairros comerciais têm a Vila Olímpia como um exemplo.

“A maneira como as pessoas pensam habitação também muda, porque a habitação passa a ser um lugar de trabalho, precisa de espaços mais adequados.”

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