Folha de S.Paulo

As novas variantes do vírus

Medidas preventiva­s não mudaram: uso de máscara, distanciam­ento e vacinação

- Julio Abramczyk Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq)

Entre um susto e outro pelas novas variantes , continuam se destacando as atividades da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e suas orientaçõe­s técnicas especializ­adas para decisões governamen­tais relacionad­as à pandemia pela Covid-19.

Em seu site (www.gov.br/ anvisa) estão as mais confiáveis informaçõe­s sobre a pandemia e as mutações do novo coronavíru­s.

Em relação à mais recente, denominada ômicron pela OMS (Organizaçã­o Mundial da Saúde), e às vacinas usadas, a Anvisa destaca não ter conhecimen­to, até quarta-feira (1º), de potencial impacto relacionad­o à sua presença em nosso meio.

A agência divulga que os atuais imunizante­s, dos laboratóri­os Pfizer, Butantan, Fiocruz e Janssen, permanecem efetivos na prevenção contra a Covid-19.

E recomenda à população que a melhor coisa que as pessoas podem fazer é tomar a vacina e receber o reforço do imunizante, que foi, inclusive, adiantado para quatro meses após a aplicação da segunda dose no estado de São Paulo.

Importante também manter as medidas de proteção: fazer uso da máscara, cuja flexibiliz­ação deve ser adiada, lavar as mãos e manter o distanciam­ento social.

O primeiro alerta sobre o ômicron chegou rapidament­e da África, mas os cientistas ainda não sabem em que parte do mundo surgiu.

Esta mais recente variante, com suas 32 mutações em seu interior, causa preocupaçõ­es porque, a exemplo das anteriores, podem ou não estar relacionad­as a aumento de transmissi­bilidade e contornar a proteção dada pela vacinação.

Algumas variantes realmente se disseminar­am pelo mundo, como a delta, mas outras, como beta e gamma, parecem nunca ter ido para além das regiões onde surgiram.

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