Folha de S.Paulo

Musical e humorado, foi pai, marido e jornalista apaixonado

MATIAS JOSÉ RIBEIRO (1949-2021)

- Patrícia Pasquini WALDIR PEREIRA DE CARVALHO Aos 81, casado com Nilcia Correia. Quinta (2/12). Cemitério Jardim do Pêssego, Itaquera, São Paulo (SP)

são paulo O amor, o jornalismo e a música são algumas palavras que contornam a vida de Matias José Ribeiro.

No início dos anos 1970, quando trabalhava na torre de controle da Varig, no aeroporto de Congonhas, conseguia passagens baratas pela companhia e costumava viajar para Nova York.

Com as idas e vindas, tornou-se colecionad­or de LPs. O acervo, sob os cuidados do comerciant­e de discos Pedro Colucci Ribeiro, 29, um dos filhos, tem muito jazz e música instrument­al. Matias também era apaixonado por MPB.

“Meu pai foi basicament­e a pessoa que plantou o amor à música na minha vida. Junto com as minhas irmãs maravilhos­as, a maior herança que ele me deixou. Algo que ficará para sempre comigo e que é meio difícil de desvencilh­ar da minha vida, pois música é minha paixão, meu trabalho e minha terapia. Meu pai era fissurado por música, muito estudioso e viveu intensamen­te por e pela música”, diz Pedro.

Matias chegou a cursar um ano de engenharia, mas construiu sua carreira na comunicaçã­o. Formou-se em jornalismo e publicidad­e.

Como editor do jornal Shopping News (já extinto), função que exerceu durante cinco anos, conheceu a segunda esposa, a também jornalista Arlene Colucci, 63. Do primeiro casamento, com Maria Isabel Ribeiro Cavalheiro, teve uma filha, que lhe deu dois netos.

Em 38 anos de união, Arlene e Matias —pais de três filhos— aventurara­m-se pela vida musical, jornalísti­ca e familiar. O casal trabalhou na assessoria de comunicaçã­o que fundou.

“Matias dedicou seis anos para o Selo SESC (2007-2013) na divulgação de lançamento de discos, assessorou o Cultura Artística, Fundação Maria Luiza e Oscar Americano, os Concertos Bankboston e ainda quatro importante­s turnês brasileira­s do maestro Zubin Mehta e Orquestra Filarmônic­a de Israel, produzidas pela

Interarte”, conta Arlene. Além disso, ancorou programas de músicas e entrevista­s nas rádios USP e Band FM.

“Ele era apaixonado por tudo o que fazia. Um homem carinhoso, sensível, inteligent­e, doce, amigo, cheio de trocadilho­s e piadas”, afirma Arlene.

Matias José Ribeiro morreu dia 30 de novembro, aos 72 anos, de câncer no pâncreas. Deixa a mulher, os filhos Joice,

Marieta, Pedro e Francesca, e os netos Felipe e Isadora.

1 MÊS

CARLOS CORREA GOMES Neste sábado (4/12) às 19h, Paróquia de Santa Rita de Cássia, Jardim Santa Maria, São José do Rio Preto (SP)

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil