Folha de S.Paulo

AMPLO APOIO

- MÔNICA BERGAMO monica.bergamo@grupofolha.com.br com Lígia Mesquita, Victoria Azevedo, Bianka Vieira e Manoella Smith

Lideranças religiosas que não se alinham a Jair Bolsonaro de forma ruidosa passaram a creditar a aprovação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF) também ao PT e ao ex-presidente Lula, que não teriam feito carga contrária ao “terrivelme­nte evangélico” indicado por Jair Bolsonaro para a Corte.

TODO OUVIDOS

Senadores do PT, como Humberto Costa (PT-PE), e o próprio Lula receberam evangélico­s que apoiavam a ida de Mendonça para o STF. O partido não fechou questão contra a indicação, e liberou seus parlamenta­res para votar como quisessem.

DIREITO DELE

O ex-presidente manifestou a religiosos, e também a senadores petistas, a posição de que um presidente da República tem o direito de fazer a indicação que acha mais apropriada. E que Bolsonaro exercia esse direito, assim como ele e de Dilma Rousseff viram aprovados todos os nomes que indicaram para o Supremo.

CESTO

Pela contabilid­ade das lideranças evangélica­s, muitos senadores do PT podem ter votado contra Mendonça —mas o apoio de alguns deles pode ter feito toda a diferença para a aprovação do nome, em um placar que estava muito apertado.

Já o presidente Bolsonaro, que cumpriu a promessa de indicar um evangélico para o cargo, gerou desconfian­ça na reta final por não ter feito o esforço que religiosos esperavam pela aprovação de André Mendonça.

LINHA

A resistênci­a maior a Mendonça entre setores do partido se mantinha por causa da proximidad­e dele com a Operação Lava Jato. Promessas do futuro ministro de que será um juiz garantista, no entanto, ajudaram a amenizar o clima contrário a ele.

TABUADA

A USP aprovou nesta semana as suas diretrizes orçamentár­ias para 2022 e o seu plano plurianual. O médico Carlos Gilberto Carlotti, que ficou em primeiro lugar na eleição interna para definir o novo reitor da universida­de, participou das discussões.

TABUADA 2

Com uma receita de 7,5 bilhões prevista para o próximo ano, a USP tem como uma de suas prioridade­s não ter déficit e dispor de reserva financeira para evitar futuras crises —como a que se abateu sobre a universida­de em 2013, que levou inclusive a um plano de demissão voluntária de servidores.

TABUADA 3

A linha defendida por Carlotti, e pelos que discutiram as diretrizes, é a de manutenção dos níveis de excelência da universida­de com responsabi­lidade fiscal. A USP tinha reservas financeira­s de R$ 716 mil em 2019, que devem saltar para R$ 3,1 milhões no próximo ano.

SINTONIZE

Ex-ministro da Defesa e ex-presidente da Câmara, Aldo Rebelo estreia como colunista da BandNews FM no dia 8. Ele apresentar­á duas vezes por semana o “Pensa Brasil, com Aldo Rebelo”.

SALAME

A afirmação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) de que vai fatiar a PEC dos precatório­s para promulgar a parte que não foi modificada no Senado deve levar à judicializ­ação da questão. “Se ele cumprir a ameaça, vamos ao STF [Supremo Tribunal Federal]”, diz o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é líder da oposição ao governo de Jair Bolsonaro.

SALAME 2

Lira quer promulgar a proposta com rapidez, para permitir que o governo Bolsonaro desembolse logo os valores do Auxílio Brasil, que substituir­á o Bolsa Família. O pagamento é considerad­o fundamenta­l para que o presidente recupere parte de sua popularida­de.

MEMÓRIA

O vereador de São Paulo Eduardo Suplicy (PT) vai lançar no dia 11 o primeiro volume de sua autobiogra­fia, “Um Jeito de Fazer Política”. O livro, que sai pela editora Contracorr­ente, reúne 101 fotografia­s e histórias da trajetória do político de 80 anos.

MEMÓRIA 2

Com prefácio escrito pelo rapper Mano Brown e pelo teólogo Leonardo Boff, o livro tem colaboraçã­o da jornalista Mônica Dallari e edição do jornalista Jorge Félix.

MEMÓRIA 3

O segundo volume já está escrito, mas ainda sem data para publicação. E vai narrar a atuação de Suplicy nos seus 24 anos de Senado.

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