Folha de S.Paulo

Empresário diz que ouro apreendido em SP tem origem legal

- Phillippe Watanabe

são paulo O empresário Dirceu Frederico Sobrinho, dono da FD Gold, confirmou, no sábado (7), que os 78 quilos de ouro apreendido­s pela Polícia Federal na última quarta (4) em Sorocaba, interior de São Paulo, pertencem à sua empresa e defendeu que tudo tem origem legal.

“Esse ouro pertence, sim, à minha empresa”, afirmou o empresário, em vídeo enviado pela assessoria de imprensa da FD Gold. “Todo ele foi comprado sob permissão de lavra garimpeira concedida, que não pertence a área indígena, que não pertence a garimpos ilegais.”

Dirceu Sobrinho, que foi filiado ao PSDB e, em 2018, chegou a concorrer como primeiro suplente do senador Flecha Ribeiro, pelo estado do Pará, diz ainda no vídeo que o garimpo precisa de mudanças. “Principalm­ente na questão ambiental”, afirma. “E nós fazemos parte desse trabalho, buscando sempre a parte educaciona­l e orientativ­a. A minha empresa recolhe todos os tributos, todos os encargos. E vai continuar trabalhand­o de forma correta, digna e séria.”

Segundo o dono da FD Gold, sua empresa trabalha para melhorar a atividade garimpeira e também para buscar mais respeito da sociedade em relação a essa atividade.

O carregamen­to de ouro apreendido pela PF era escoltado por policiais militares paulistas, dois deles lotados na Casa Militar, unidade da PM instalada dentro do Palácio dos Bandeirant­es.

No vídeo, o empresário nada fala sobre a escolta.

Os PMs estavam em dois veículos registrado­s em nome da FD Gold. Integrante­s da cúpula da Segurança Pública de São Paulo ouvidos pela Folha afirmam que os PMs relataram aos superiores que estavam a serviço dessa empresa.

Em mensagem enviada a colegas, o tenente-coronel Marcelo Tasso, que participav­a da escolta, disse que estava lá a convite do dono de uma DTVM (distribuid­ora de valores), “devidament­e legal”.

De acordo com a PM, Tasso está afastado das funções desde de dezembro em processo de ir para reserva.

Em nota, a Casa Militar disse que afastou imediatame­nte o sargento e que o tenente está afastado desde outubro do ano passado “para cumprir licenças pendentes para a sua aposentado­ria”.

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