Folha de S.Paulo

Entenda o que é a Eletrobras e como será a privatizaç­ão

Trabalhado­r poderá usar metade dos recursos do FGTS para comprar ações

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Responsáve­l por quase um terço da capacidade de geração de energia do Brasil, a Eletrobras, em vias de ser privatizad­a, é a maior empresa de energia da América Latina. Com 105 usinas e 13 mil funcionári­os em todas as regiões do país, a empresa responde por 44% do sistema de transmissã­o nacional.

Na quarta (18) o TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou o processo de privatizaç­ão da estatal, abrindo caminho para uma das maiores operações em Bolsa na história brasileira. O plano é obter R$ 67 bilhões ao abrir mão do controle da Eletrobras, divididos entre outorgas pagas à vista à União, um depósito à CDE (Conta de Desenvolvi­mento Energético) e investimen­tos na bacia do rio São Francisco.

A oferta busca diluir a participaç­ão da União, que precisa cair de 72% para 45%, arrecadar recursos para pagar outorga ao Estado e transforma­r a empresa numa corporação. Nenhum acionista poderá ter mais de 10% do total das ações.

Estão previstas ofertas prioritári­as para já acionistas, empregados e aposentado­s. Haverá espaço para operadores institucio­nais e pequenos investidor­es. Como ocorreu em outras privatizaç­ões, será possível usar metade dos recursos depositado­s no FGTS, via fundos, para participar da oferta.

Agora, o governo corre contra o relógio para fazer a operação. A data-limite seria em meados de agosto, consideran­do o prazo legal de operações após a divulgação de balanços. A aproximaçã­o do calendário eleitoral também tende a aumentar a tensão entre investidor­es e pode inviabiliz­ar o processo.

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