Cidadão Cannes
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Ausente da programação oficial do Festival de Cannes, salvo pela exibição da cópia restaurada de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha, o Brasil aparece no evento em dois grandes estandes montados no Marché du Film, o mercado de cinema que acontece em paralelo ao festival.
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O Cinema do Brasil, programa criado há 16 anos pelo sindicato paulista do audiovisual para promover a produção nacional, fincou um espaço bem no corredor central do Marché. Logo na sua frente quem se estabeleceu foi o estande da Spcine, a empresa paulistana de fomento ao cinema e à televisão.
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A Spcine, aliás, ganhou uma reportagem de destaque na edição física da revista Variety, que circula no festival. “São Paulo emerge como um player central no audiovisual brasileiro pós-pandemia”, diz o texto, que destaca que a cidade está aumentando em quatro vezes o valor do incentivo destinado a produções internacionais que escolham rodar na capital paulista, chegando agora a R$ 40 milhões.
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Autor da reportagem, John Hopewell também entrevistou o secretário estadual da Cultura, Sérgio Sá Leitão, que falou de como a pandemia ceifou 240 mil do 1,5 milhão de postos de trabalho na economia criativa no estado de São Paulo e que um programa selecionou 10 produtoras, incluindo cinco start-ups, para comparecerem a Cannes.
Serve mais uma
No estande do Cinema do Brasil, aliás, um coquetel foi oferecido para atrair negociantes. Na tarde de quinta-feira, o pedido era um só —batida de coco, servida por um barman que se esforçava para acertar a pronúncia do drinque.
Também quero
Depois de Cannes anunciar uma parceria com o Tiktok, foi o Facebook que resolveu entrar na dança, ou melhor, a Meta. O conglomerado de Mark Zuckerberg agora corre para abrir um espaço para criadores de conteúdo no Palais Bulle, mansão futurista que já foi habitada por Pierre Cardin.
Subindo no salto
Quatro anos após o movimento feminista Metoo ter dado tom ao festival, o evento retrocedeu uns passos e voltou a barrar mulheres que não usam salto alto no tapete vermelho dassessõesdegala.
Guilherme
Genestreti e LS