Conheça o Vila Anália, complexo com 5 restaurantes na zona leste
Ao passar por uma porta, chega-se a um restaurante francês, de paredes vermelhas cobertas por fotografias. Já a próxima entrada leva para uma casa italiana de pegada moderninha. Logo ao lado, há um outro espaço, com balcão, trilha sonora animada, drinques e petiscos. Um outro acesso revela um restaurante japonês com teto coberto por 10 mil pedaços de bambus.
Apesar de terem personalidades distintas, as casas dividem o mesmo endereço —o Vila Anália, um ambicioso complexo gastronômico inaugurado no início deste mês na região do Jardim Anália Franco, na zona leste de São Paulo.
São cinco os restaurantes no espaço: o francês Merci, o italiano Temperani, o espanhol Tapas 93, o japonês Susume e o grego Mii, que será inaugurado no terraço no segundo semestre. A casa também tem uma confeitaria e uma sorveteria —ou, melhor, gelateria. Nas próximas semanas, ganha um empório e, por fim, também uma loja de chocolates. Quando tudo estiver pronto, o local terá capacidade para acomodar até mil pessoas.
“Vamos criar a Las Vegas da gastronomia”, diz Guilherme
Temperani, que comanda a empreitada junto a três primos. “Aqui o adulto vai se entreter do início da manhã até o fim da noite”, diz ele, que sonha que o lugar se torne um ponto turístico na cidade.
O investimento para colocar o endereço em pé já ultrapassou os R$ 14 milhões. São cinco pavimentos —dois níveis de estacionamento no subsolo, onde também funcionará o espaço do delivery, os restaurantes no térreo, o empório no mezanino mais a cobertura, que ainda está em obras, mas que já exibe coqueiros que pesam mais de cinco toneladas. Um tour pode ser feito dentro de um elevador envidraçado, que passa ainda por dentro da adega.
Quem comanda as cozinhas é um time experimentado da gastronomia paulistana. Ligia Karasawa, ex-eataly, é a chefexecutiva do grupo; Antonio Maiolica, do antigo Antonietta Cucina, é o chef-consultor do Temperani; Thiago Cerqueira, que comandou o Sympa, é o chef do Merci; o bartender Márcio Silva, que se consagrou no Guilhotina, assina toda a carta de drinques.
O elenco conta ainda com Fábio Sinbo, na chefia do japonês Susume, Eduardo Portilho, que assina com Karasawa
o menu do Tapas 93, o chefconfeiteiro Pedro Frade, além do sommelier Ricardo Santinho, que fecha o elenco.
Em comum, o currículo deles exibe nomes de endereços badalados das zonas oeste e sul de São Paulo.
“A gente entende que a gastronomia fora da rota precisa acontecer. As pessoas não podem só se deslocar daqui para a zona sul ou da zona norte para outro lugar”, diz o empresário. E a região do Tatuapé e do Anália Franco, acredita, é ótima para isso. “Queremos que as pessoas venham para cá e vejam que o Tatuapé é seguro, que existe um cuidado diferente nessa região.”
Apesar da equipe renomada e ambientes com design assinado, os preços não são exorbitantes. O tíquete médio chega a ser 30% menor do que nas zonas sul e oeste, por exemplo. “Até por ser um complexo gastronômico, a gente consegue baratear algumas coisas”, afirma o empresário.
Mas, assim como cada restaurante tem personalidade própria, os valores também variam. Gastam-se, em média, entre R$ 140 e R$ 230.