Defesa do ex-ministro diz que prisão é desmotivada, injusta e desnecessária
brasília O advogado do exministro da Educação Milton Ribeiro, preso na manhã desta quarta (22), afirmou que irá entrar com um pedido de habeas corpus para libertar seu cliente, sob o argumento de que as suspeitas apontadas para justificar a prisão não são contemporâneas.
“Vamos entrar com pedido de habeas corpus visando o reconhecimento da coação ilegal imposta, especialmente porque os fatos são pretéritos e sem contemporaneidade. Não se poderia decretar a medida excepcional”, diz a nota assinada pelo advogado Daniel Bialski.
Ele afirma também que a razão da prisão preventiva decretada pela Justiça é “injusta, desmotivada e indiscutivelmente desnecessária”.
A chamada Lei Anticrime, de 2019, estabelece que a prisão preventiva (sem prazo determinado) só pode ser decretada se ficarem especificados pelo juiz fatos novos ou contemporâneos, como situações de irregularidades que estejam em andamento e que justifiquem a aplicação da medida. A investigação sobre o Ministério da Educação tramita sob sigilo.
Bialski também advoga para a primeira-dama Michelle Bolsonaro, de quem o ex-ministro Milton Ribeiro é próximo. Quando Ribeiro foi exonerado, em março, Michelle se mostrou abalada e afirmou que confia muito no pastor presbiteriano.
À época, ela disse que Deus
“vai provar que ele [Ribeiro] é uma pessoa honesta ”.“Posso dizer que eu amo avida dele, tá?”, afirmou a primeira-dama, quando questionada sobre a demissão.
Procurada, a advogada de Arilton Moura, Nara Nishizawa, disse que só se manifestará nos autos do processo.
A Folha não conseguiu localizara defesa de Gilmar Santos nesta quarta. Tampouco foram localizados os advogados de Luciano de Freitas Musse e Helder Bartolomeu.
O atual ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, concedeu breve entrevista nesta quarta em que falou que a pasta colabora comas investigações e negou ter conhecimento de qualquer irregularidade. Veiga era número 2 de Ribeiro antes de assumir o posto e esteve com os pastores.
“Nunca tive conhecimento de qualquer tipo de postura do ex-ministro na minha frente que pudesse me levar a qualquer tipo de desconfiança”, disse Veiga.
“Vamos entrar com pedido de habeas corpus visando o reconhecimento da coação ilegal imposta Daniel Bialski advogado de
Milton Ribeiro, em nota