SP está entre as piores no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
sÃO JOsÉ DO RIO pREtO A importância de encontrar um ponto de equilíbrio entre vida profissional e pessoal se tornou mais evidente após a crise de saúde global provocada pela pandemia, que acelerou uma mudança na relação das pessoas com o trabalho e provocou impactos na saúde mental da população.
Estudo realizado por empresa de tecnologia mostrou que conseguir esse equilíbrio pode ser mais fácil ou difícil, dependendo da cidade, devido a uma série de fatores.
O estudo Equilíbrio entre Trabalho e Vida Pessoal, organizado pela Kisi, empresa de tecnologia em nuvem, classificou cem cidades ao redor do mundo com base no sucesso da promoção do equilíbrio entre vida profissional e social para os cidadãos, ao considerar as consequências da alta da inflação, pandemia e reflexos da Guerra da Ucrânia.
São Paulo é a única cidade brasileira que aparece na lista, porém está entre as mais mal avaliadas e ocupa a 97ª posição, com 66,5 pontos.
As cidades mais bem avaliadas no ranking são Oslo (100 pontos), capital da Noruega, Berna (99,4), capital da Suíça, Helsinque (99,2), capital da Finlândia, Zurique (96,3), também na Suíça, e Copenhague (96,2), capital da Dinamarca.
Na outra ponta, as cidades com as piores avaliações são Cidade do Cabo (50), na África do Sul, Dubai (61,1), no Emirados Árabes, Kuala Lumpur (66,2), capital da Malásia, São Paulo (66,5) e Bancoc (70.7), capital da Tailândia.
O estudo ainda classificou as cidades onde as pessoas passam mais tempo trabalhando. Para a classificação, o levantamento levou em consideração a porcentagem de funcionários que trabalham mais de 48 horas semanais.
No topo do ranking das cidades sobrecarregadas, estão Dubai (23% da população), Hong Kong (17,9%), Kuala Lumpur (17%), Singapura (16,9%) e Montevidéu, no Uruguai, (16,3%).
São Paulo aparece na 76ª posição das cidades sobrecarregadas com 11,8% dos trabalhadores fazendo hora extra.
As cidades com menor percentual de moradores sobrecarregados são Amsterdã (8,6%), capital dos Países Baixos, Buenos Aires (8,8%), capital da Argentina, e Melbourne (9,7%), na Austrália.
O estudo avaliou 51 cidades dos EUA e outras 49 cidades ao redor do mundo.
Foram analisados mais de 130 indicadores, obtidos por meio de relatórios de organizações internacionais, ONGs, conjuntos de dados de acesso aberto, pesquisas públicas e plataformas com base de dados coletivos.